Quem sou eu?

Danka Maia é Escritora, Professora, mora no Rio de Janeiro e tem mais de vinte e cinco obras. Adora ler, e entende a escrita como a forma que o Destino lhe deu para se expressar. Ama sua família, amigos e animais. “Quando quero fugir escrevo, quando quero ser encontrada oro”.

Ela perdeu os movimentos do lado esquerdo do corpo e precisou reinventar sua profissão

Nelma



Já imaginou o que é ter que se reinventar aos 40, e não por vontade própria? Pois foi o que aconteceu com a Nelma Zaparoli, hoje com 58 anos. A Nelma é madrasta de uma amiga minha e fiquei encantada e comovida quando ouvi sua história. Aí, pedi para ela dividir com a gente. Hoje, a Nelma tem 58 anos, é artista e dá aulas de arte-terapia, mas não foi tão fácil tomar esta decisão, pois ela se formou em Odontologia aos 21 anos e adorava trabalhar na área de estética. Só que aos 44 anos, a Nelma sofreu um AVC, devido a uma condição cardíaca genética.
Superativa como sempre foi, ela estava na academia naquele dia em 2002, e às 7 horas da manhã, sentiu os sintomas. Mal sabia ela que sua vida mudaria: Nelma era canhoteira, e o AVC paralisou todo o lado esquerdo do seu corpo. Ela conta aqui como superou este susto e divide com a gente esta história superinspiradora.
“Minha vida mudou completamente: de repente eu não era mais dentista, fiquei 17 dias na UTI, um mês no hospital e mais dois meses de cadeira de rodas. Foi muito difícil, eu fiz acompanhamento psicológico e de fisioterapia, e fui reagindo aos poucos. Na terapia ocupacional, que me fazia movimentar o braço esquerdo, eu ficava tão nervosa por não conseguir, que chorava. Aí, decidi me libertar da cadeira de rodas: eu nunca quis depender dos outros, então, simplesmente levante e falei pra minha irmã: ‘se eu cair você me levanta’. Eu demorava meia hora para andar uma quadra, demorei para tirar novamente a carteira de motorista, mas consegui. Quando fazia 10 meses que tinha tido AVC, fui passar 21 dias no hospital Sarah, em Brasília. Tudo mudou. Vi que tinha gente muito pior e mudei meu modo de pensar. E, ainda, coloquei uma órtese (que lembra uma botinha articulada), que me deu mais liberdade.
Ainda tenho uma sequela grande do lado esquerdo. Não consigo pegar um copo, por exemplo. Mas depois de 6 meses do AVC comecei a aprender a escrever com a mão direita. Hoje, escrevo normalmente. E pensar que eu não conseguia nem escovar os dentes com a mão direita, no começo…
Ao final dos meus 21 dias no Sarah, o médico me recomendou arte-terapia, que me estimulou muito. Eu nunca tinha feito nada de arte, mas minha área de odontologia era estética, e eu fazia bem feito, modéstia à parte. (risos) Aí, comecei a trabalhar uma arte com textura. Fiquei 6 anos pintando com orientação de professor e comecei a dar aulas em 2009 porque senti necessidade de fazer algo por alguém. Fiz um ateliê na fazenda onde eu moro e comecei a dar aula para as crianças carentes que moravam por aqui. Atualmente, ensino crianças em processo de reabilitação. E a gente consegue conquistar cada coisa bacana! Hoje não paro! Não é porque isso aconteceu com a minha vida que ela acabou. Não dá para viver do passado, tem que virar a página. O mais importante é ser feliz”.
Fonte: Yahoo

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