Quem sou eu?

Danka Maia é Escritora, Professora, mora no Rio de Janeiro e tem mais de vinte e cinco obras. Adora ler, e entende a escrita como a forma que o Destino lhe deu para se expressar. Ama sua família, amigos e animais. “Quando quero fugir escrevo, quando quero ser encontrada oro”.

Tudo Que Deveria Ter Falado...por Danka Maia




Ela deitou-se suspirando em sua cama quente e fria, olhou para o teto fechando um pouco os olhos e por um instante pensou:
— Como posso acreditar em algo que jamais existiu?
Alicia virou-se na posição fetal e começou a relembrar o primeiro dia que o tinha visto na saída da cafeteria ao lado da Faculdade. No dia seguinte ela estava lá olhando para o relógio apenas a espera dele.
Sorriu com a lembrança, apanhou seu velho diário debaixo do travesseiro e principiou a escrever aquela carta que talvez jamais chegasse ao seu destino final.
Oi! Como vai? Eu estou bem, mas você eu não sei. O motivo é que não sei mais muito sobre você, no entanto, ainda sei muito sobre mim. Parece que tudo passou, foi embora, acabou não é verdade? Não te vejo mais e a saudade, traduzida em um nó aqui no coração, na alma, me lembra de tudo, de tudo que  não te contei. Pensei que havia sido clara, agora acho que não. Simbologia não funciona muito quando precisamos falar do invisível. Metáforas até são boas para se falar do inconfundível, por isso acho que falhei! Falhei porque não disse tudo com nitidez, me perdi pelo medo do não correspondido e confessei sem declarar o amor que eu já não esperava que você percebesse. Como poderia? Você nunca nota nada além desse seu mundo pequeno, egoísta, medíocre... E que eu tanto amo!
 Presentes, poemas, músicas, não são suficientes, quando se precisa dizer na cara o que sentimos,a questão é às vezes a coragem é mais fácil de ser escrita do que incorporada.
 Hoje, confesso que pensei em você.
 Lembrei-me de tudo, de tudo o que eu pelo menos vivi, senti saudade e refleti em como seria a vida, a vida que a gente não viveu,que  jamais viveremos porque jamais existirá. Acho que você não notou ou se notou, não me tocou, talvez, não quis me magoar, apesar de ter me machucado da mesma maneira.
Nem a amizade ficou.
Tudo bem assumo que sobrevivo e bem sem sua presença, assim, mesmo que um pouquinho mais infeliz do que  era antes.A questão é que até a tristeza era mais feliz ao seu lado,só nunca te falei. Amores novos nos levam pedaços velhos que nunca mais acharemos. Isso é só uma parte, trechos de tudo que te ocultei.
 A vida é feita de escolhas e lamento, porém encaro e aceito que você não me escolheu. O que posso fazer? A dor é única, e a vida segue.

E hoje, em que meu coração sente sua falta e meus dias se acostumaram sem você, quero somente lhe desejar bom dia, ou melhor, uma boa vida!

 Sem mim, sem nós...




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AMOR DESESPERADO por Danka Maia










As vezes sinto raiva desse amor,
Há tanto tempo cravado no meu peito,
Sem despeito, sem pudor!
Como tal ternura,tamanha força e tanto fulgor.
Até já pensei, confesso, eu fiz este supor,
que de uma cândida maldição tal sentimento foi feito,
Me faz vencido, cativo, sujeito, Escravo,acorrentado, mas teu senhor.
Eu vivo contigo inversos,
Imersos,
De doçura ,de dor
Nunca quero embora,
Careço do teu amor.
Quero viver tal amor descabido,bandido,intenso.
Tempestade da minha  vida,
Luz dos meus pensamentos.
Eu te rogo, não te vá,
Não me deixe ainda que desejes,
Longe de mim podes ter tudo,
Mas esse mero coração vagabundo,
Sem a sua presença é mudo,
E com certeza, não baterá mais.




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VOCÊ NÃO É TODO MUNDO por Danka Maia


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     Marina e Iago eram os típicos mãe e filho modernos. Ela vivia para o trabalho e para ele, dividiam agruras, alegrias, mas Marina era o tipo de mãe durona daquelas que não aceitava de modo algum que o filho pudesse ser como o outro meramente. Toda vez que o Iago fazia algo a resposta dela era sempre a mesma:
— Você não é todo mundo!
As notas chegavam, o garoto tentava se justificar:
— Mãe, todo mundo tirou nota ruim, não fui só eu!
Lá vinha Marina:
— Você não é todo mundo!
Dias se passavam e o Iago aprontava na rua com os demais moleques da mesma idade.
— Mas mãe...
— Você não é todo mundo!
Até que houve um dia que a nota do menino que era das melhores despencou e Marina o repreendeu:
— O que aconteceu filho? Todo mundo tirou nota boa, todos! O menino a olhou  e rebateu a altura:
— Mãe, eu não sou todo mundo.
Marina se calou e engoliu aquilo como um elefante atravessando a garganta. Passaram anos, Iago cresceu, entrou na faculdade, Marina viveu e então enfim ela errou. Porque para errar basta ser humano, não carece ser pai ou mãe. Envolveu-se num amor que não era amor, perdeu a casa, o emprego, e a única coisa que restou foi esclarecer ao filho a situação. Entretanto, o que doía na mãe era explicar ao filho que ela havia errado. A necessidade falou mais alto e ela simplesmente encheu o peito de coragem e sentada no sofá do apartamento do seu menino desabafou.
Iago a escutou com toda atenção, abraçou, beijou, e passando as mãos pelos seus cabelos  disse:
— Mãe, você é como todo mundo. Todo mundo erra, todos nós em algum instante da vida entra em colisão, cai,machuca. Tudo bem mãe, não há nada censurável em ser como todo mundo inda que continue sendo a melhor mãe do mundo.
Sabe leitor, devemos ter cuidado com o que ensinamos aos nossos filhos, na ânsia de esculpir o bem ou tentar acertar no alvo o mais próximo possível esquecemo-nos de ensiná-los um dos sentimentos mais belos e íntegros: A compaixão. Por que afinal de contas que tipo de ser humano educa se não o ensinamos a reconhecer que o outro pode errar inda que seja tentando acertar?
Ninguém é como ninguém e nem tem que ser.
Bora ser cada um!


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Você é do tipo esponja? Conheça histórias de mulheres que “sugam” a personalidade dos parceiros




Na busca de um grande amor, algumas de nós anulam a própria personalidade para se moldar à do parceiro. Mas será que essa estratégia dá certo?



Você já se pegou usando a camiseta de uma banda da qual nem gostava só para agradar a turma do namorado?  (Foto: Thomas Kremer)
Claudinha* foi uma das mulheres mais importantes que passaram pela minha vida, mas eu a perdi para um cara. Não, não havia nenhum envolvimento amoroso entre nós. Ela era minha melhor amiga, daquelas com quem se compartilha tudo da adolescência: a angústia de não saber o que fazer da vida, o saco cheio com as cobranças dos pais, as alegrias e as decepções trazidas pelas primeiras paixões.

Uns anos depois que nos formamos na faculdade, ela começou a namorar um colega do trabalho, o Ricardo*, com quem ficou por três anos. E foi então que a perdi. O Ricardo tinha um temperamento difícil, ou melhor, impossível. Arrogante, ciumento e mandão, seu esporte preferido era emitir opiniões completamente equivocadas sobre a “boa conduta feminina”.

“Mulher minha não se veste assim” e “mulher minha não frequenta esses lugares” eram algumas das  pérolas ditas pela criatura, que alguma máquina do tempo havia despachado direto dos anos 50 para nossas vidas. No entanto, a repulsa que o Ricardo me causava era inversamente proporcional à paixão que despertava em minha amiga.

Para agradá-lo, a Claudinha passou a se vestir com mais recato, deixou de ir às baladas que curtíamos e rompeu amizade com algumas meninas da nossa turma que ela passou a chamar de “rodadas”.

“Nossa cultura estimula as mulheres a se moldarem para não afrontar a vaidade masculina"
Fred Mattos, piscólogo
O Ricardo também era pão-duro – do tipo que conta cada centavo na divisão da conta do bar ou prefere demitir um funcionário a dar um aumento justo. Coisa que ela também passou a fazer: economizava em tudo e tirar pequenas vantagens financeiras passou a ser uma obsessão. Mas o pior para mim era ver a Claudinha repetindo as bobagens machistas que o namorado dizia.

Era doloroso ver uma pessoa tão querida se anular daquela forma. A gota d’água foi um comentário dela depois que terminei um namoro. “Amiga, para segurar um homem, temos que fazer grandes concessões”, disse-me, enquanto checava na conta do restaurante se haviam excluído os 10% do serviço, como ela havia pedido – sem fundamento algum para isso.


Por muitos anos, tive raiva da Claudinha, mas também entendi que aquele comportamento – em escalas maiores ou menores – é bem comum entre nós, mulheres. Quem nunca virou torcedora fanática de um time de futebol só para impressionar aquele gato e transformar o casinho em relacionamento sério? Quem nunca vestiu a camiseta preta de uma banda metaleira que nem curtia só para estar ao lado do namorado em um show?

Convictas de que uma história de amor “para sempre” é aquela na qual o casal “nasceu um para o outro”, algumas de nós absorvemos como esponjas os gostos, os hobbies, as ideias e o comportamento do homem que amamos. E, em casos mais graves, abrimos mão da própria identidade, como explica o psicólogo Fred Mattos, autor do livro "Relacionamento para Leigos" (Alta Books, 432 págs., R$ 70).

“Nossa cultura estimula as mulheres a se moldarem para não afrontar a vaidade masculina, que é sensível a contrariedades. Por temor de ficarem solteiras ou serem deixadas, as mais inseguras acabam distorcendo suas personalidades.”


“Mudei tanto que já não sabia direito quem era"
Monique*, engenheira carioca
Foi o que aconteceu com a engenheira carioca Monique*, 28 anos. Quando namorava o professor paulista Sérgio*, 45, ela deixou de se divertir nas festas de música eletrônica que costumava frequentar e até de praticar escalada, esporte que tinha em comum com sua turma da faculdade. Nos três anos de romance, a engenheira passou a ir – feliz da vida – a saraus de poesia e degustações de vinho, que eram mais a praia do namorado.

“Sérgio era mais velho e fazia parte de uma galera muito culta. Fiz de tudo para ser a mulher que ele sonhava”, admite. A transformação pela qual Monique se obrigou a passar incluiu até o visual – ela trocou os tops e jeans a que estava habituada por modelos de alfaiataria conservadores.

“Eu também repetia as opiniões dele mesmo quando discordava”, recorda. Quando o namoro terminou, a engenheira ficou sem chão. “Havia mudado tanta coisa em mim que já não sabia direito quem era.”

Baixa autoestima e personalidade fraca nem sempre são as causas desse comportamento camaleônico. Segundo a psicanalista Malvine Zalcberg, autora do livro "Amor Paixão Feminina" (Campus, 199 págs., R$ 54), algumas das mulheres esponja são até poderosas, bem-sucedidas em suas carreiras e têm um estilo marcante. Mas falta a elas autoconfiança no campo amoroso.


“Algumas 'vestem' a pele do parceiro a cada nova relação. É como se mudasse a letra, mas não a música"
Malvine Zalcberg, psicanalista
Ao incorporar os valores do homem que ama, a esponja se sente duplamente reconhecida: pelo parceiro e pelo meio em que ele vive e é valorizado”, diz a psicanalista. “Elas são muito frágeis e sofrem demais quando a relação termina porque não perderam apenas um namorado ou um marido. Perderam também uma estrutura de vida em torno daquele homem.” 
É exatamente essa sensação que Monique descreve ao falar do fim do namoro com Sérgio. “Sentia-me perdida e não conseguia nem escolher um prato no restaurante sozinha”, recorda. Desde o rompimento, há dois anos, Monique teve alguns casinhos, mas nenhum romance para valer. A maior preocupação da engenheira é não repetir a conduta que teve na relação passada. “Na terapia, me dei conta do quanto ter me tornado uma ‘esponja’ me fez mal.”
RESGATE-SE, CAMALEOA
 
Nem toda “mulher esponja” consegue abandonar o padrão camaleônico de comportamento após a primeira decepção amorosa. Algumas “vestem” a pele do parceiro a cada nova relação. “É como se mudasse a letra, mas não a música. Enquanto não curam certas necessidades emocionais, como carência e falta de autoestima, as ‘esponjas’ continuam repetindo a estratégia de se moldar à personalidade do homem por quem se apaixonam”, diz Malvine.

O publicitário paulistano Denis*, 35, estranhou uma das frases que ouviu de sua ex-sogra quando o namoro de dois anos com a também publicitária Marisa*, 34, chegou ao fim. “Ela me ligou para lamentar que eu já era da família e terminou a conversa assim: ‘Uma pena, porque minha filha custou tanto para achar um rapaz que fosse uma boa influência para ela...’"

Então lembrei que, de fato, a Marisa sempre ia na onda dos namorados”, conta o publicitário referindo-se à ex. “Nós fomos só amigos por mais de dez anos antes de nos apaixonarmos e eu acompanhei inúmeras dessas mudanças dela, sempre que começava a se interessar por alguém.”

Denis conta que Marisa teve a fase “nerd”, quando namorou um estudante de Física, e a “roqueira”, ao se envolver com o baterista de uma banda indie. “Ela também havia tido um casinho com um cara que gostava de rachas de carro. Lembro que nessa época só falava em motor ‘tunado’, qual fazia a maior velocidade em um tempo mais curto e virou perita no assunto”, recorda. “Morria de medo que ela se acidentasse numa dessas corridas.”


“Ela repetia até minhas opiniões. Perdi o tesão"
Denis*, 35, publicitário paulistano
Segundo o publicitário, apesar da conduta “camaleoa no amor”, Marisa tinha opiniões fortes e uma personalidade leve e divertida. “Foi isso que me fez amá-la. Mas, com o tempo, ela virou uma mulher submissa, que só me seguia. Até a página do Facebook dela parecia uma cópia da minha. Nas últimas eleições para presidente, chegou a declarar voto no Aécio Neves, que era o meu candidato – sendo que a vida inteira a Marisa se disse petista!”, afirma. “Isso me tirou o tesão.”

No entanto, diferentemente de Denis, alguns homens se deixam envolver pelos 50 tons de nude das mulheres esponja por longos períodos. São os chamados “parceiros-sintoma”, como explica Malvine. “São aqueles que gostam de ter a parceira apagada, admirando-o e orbitando à sua volta em tempo integral. É uma relação onde um preenche o buraco emocional do outro, até a hora que os dois se sintam sufocados”, diz a psicanalista.


“O amor entre a ‘esponja’ e o ‘sintoma’ pode até acabar, mas terminar a relação é mais difícil para eles, pois criam juntos uma dinâmica de dependência psicológica nada saudável.”

O psicólogo Fred Mattos afirma que a estratégia furta-cor das “mulheres esponja” em busca da felicidade no amor é uma péssima jogada. É importante que os casais tenham características e objetivos em comum – mas as diferenças ajudam a fortalecer o romance.

“São elas que criam contrastes interessantes, pontos de vista diversos, maneiras diversificadas de solucionar problemas. Preservar aspectos da personalidade é essencial para que a pessoa consiga ter fôlego no relacionamento”, explica.

“É muito mais simples se anular e deixar todas as decisões importantes para o parceiro. Mas o tempo acaba revelando o efeito colateral de uma personalidade enjaulada.” Porque ceder em alguns pontos faz parte de toda relação, mas anular-se jamais!


Fonte: Marie Claire
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"Meu marido se veste de mulher"

A vida da artista plástica Eliana* mudou depois que seu parceiro virou crossdresser. Aqui, ela conta como esse hábito afeta o casamento de 25 anos — e a cabeça dela

       
Imagem do Google


          

"Já fizemos sexo com ele vestindo uma minissaia.Começamos a nos acariciar. Foi normal. É incrível, mas não tem fetiche aí"
Conheci meu marido em um curso de alemão nos anos 80. Sou arquiteta e queria estudar urbanismo na Alemanha. Ele pleiteava uma bolsa de estudos por lá, mas a vida nos levou por outros caminhos. Era uma sala pequena, com poucos alunos, e ele sempre chegava atrasado, derrubando tudo. Era atrapalhado e de cara me chamou a atenção por isso. Impossível não notar sua presença. Ainda hoje é bonito, 1,80 metro, grisalho, bem cuidado. Começamos a conversar casualmente e passei a dar carona até o estacionamento onde ele deixava o carro. Eu fazia o estilo hippie, andava de calça jeans, regata e rasteirinha. Ele estava sempre de terno porque era chefe de RH em uma empresa.
Em uma das primeiras caronas, ele me perguntou se eu tinha namorado. Respondi que não, ‘porque não queria nada sério naquele momento’, mas a verdade era que já estava atraída por ele. Foi paixão à primeira vista. Tinha tudo que eu queria em um homem: era sensível, fazia poesia, tocava violão. Era gentil, superculto e cavalheiro. E me paquerava com classe. Um dia, saindo do curso, o convidei para ir até a minha casa. Ele disse que não podia, mas me visitaria qualquer dia. Então, certa noite, estava saindo para uma festa e ele apareceu com um violão na porta da minha casa, sem avisar. Fomos para a festa de uns amigos meus e lá nada aconteceu. Quando foi me deixar em casa, decidi arriscar. Dei um beijo nele. Foi um beijo curto, mas bom. Na hora, pensei: ‘Ah, esse cara vai achar que eu sou muito avançada!’. Ficamos nos vendo durante uns três meses. Íamos ao cinema, ao teatro, mas sem sexo. Ele vinha de uma família moralista. Tínhamos um contato mais íntimo, mas não chegávamos aos finalmentes. Para mim, as coisas estavam seguindo um curso natural e queria investir nele. Então ele conseguiu a bolsa de estudos e ficou seis meses fora. Nós nos correspondemos por carta. Quando ele chegou, parecia que nunca estivemos separados. Nós nos casamos em um ano. A primeira transa aconteceu quando estávamos prestes a nos casar. Já tínhamos intimidade (brincávamos bastante de preliminares), foi bem natural. A transa foi tranquila, cheia de carinho.
Tivemos três filhos, que hoje são adultos. Durante os primeiros 25 anos de casamento, o relacionamento seguiu como qualquer outro: com altos e baixos. Nossa vida sexual sempre foi boa, frequente e criativa, mas sem nenhum fetiche nem fantasia. Depois desse tempo todo juntos, minha vontade de procurá-lo para transar foi diminuindo. Estava fazendo outra faculdade, com o foco na vida profissional e nos filhos. Deixei de prestar atenção no casamento. No dia em que completamos nossas bodas de prata, tivemos uma discussão por causa da minha falta de tesão. Meu marido disse que a vida dele estava péssima, um saco, que estava entediado. Falou que precisava repensar tudo e não queria mais morar na nossa casa. Fez as malas e foi para um hotel. Ele estava irritado. Não tive como impedi-lo. Fiquei desesperada. Meus filhos ainda moravam em casa e tentaram me consolar. Não queria mostrar o quanto estava abalada. Sozinha, me tranquei no quarto e chorei por horas. Eu me perguntava o que tinha feito para deixá-lo tão furioso. Não era possível que só a rotina o tivesse perturbado a ponto de sair de casa daquela forma. Desconfiei que ele tinha arrumado outra.
Fiquei ligando no celular dele durante toda a noite. Quando resolveu falar comigo, pediu que o deixasse em paz. Com muito ­custo, consegui marcar uma conversa para o dia seguinte. Nós nos encontramos no hotel e ele disse: ‘Vou te contar por que não aguento mais: gosto de me vestir de mulher e sei que é inaceitável. Não quero te fazer sofrer. É melhor me afastar. Não sou homossexual, gosto de mulher, de você’. Senti um enorme alívio. Queria ficar com ele e o importante era tê-lo ao meu lado. Ele me amava, tudo podia se resolver. Virei para ele e disse: ‘É isso? Vamos embora para casa’. Para mim, seria estranho desistir de uma vida inteira de cumplicidade por causa desse desejo.
Depois que ele voltou para casa, a sensação de alívio foi passando e as dúvidas começaram a brotar. Por mais cabeça aberta que eu fosse, não conhecia o universo dos crossdressers e não sabia bem o limite entre a vontade de se travestir e a homossexualidade. Quando comentei minhas dúvidas com ele, me contou que tinha feito muitas pesquisas a respeito e foi esclarecendo meus pensamentos. Disse que a primeira coisa que passou pela mente dele quando surgiu essa vontade foi: ‘Sou homossexual’. Mas depois entendeu que aquela era apenas uma forma de se expressar, que tinha a ver apenas com as roupas, os sapatos, a maquiagem, os adereços e acessórios — enfim, com caracterização feminina. Também disse que nunca quis ficar com um homem. Ele me contou que não tinha sentido vontade de se montar na vida. E que esse desejo apareceu no nada. Não conseguia encontrar nenhum fato que pudesse ter desencadeado esse sentimento tão forte. Era como se, ao se montar, ele acalmasse uma angústia ou um tormento interno.

"No começo, meu marido me dava roupas espalhafatosas, que nunca usei. Hoje, brincamos que ele virou boneca porque não
virei Barbie"
Durante essas conversas, fui percebendo que ele tinha mais dúvidas do que eu. ‘Por que bloqueei isso a vida toda?’, ‘Por que surgiu assim, do nada?’ Esses questionamentos o deprimiam. Ao ver que ele estava mergulhado em pensamentos e que estava sendo sincero comigo, minha insegurança com relação ao rumo da nossa relação foi passando. Comecei a observar mais o comportamento dele e cheguei à conclusão (só minha) de que ele tem uma compulsão. Ele passa dias usando roupas de homem, até que vai ficando inquieto, irritado, e tem de colocar ao menos uma peça feminina, nem que seja um sapato de salto alto. No começo, ele se montava mais. Foi uma explosão: tudo era intenso e proibido. Hoje, ele raramente usa o figurino de mulher completo. Veste algumas peças, uma vez por semana, e quase não usa maquiagem.
A primeira vez em que ele se vestiu de mulher para mim, achei engraçado. Ele me avisou que ia se montar para eu ver e foi se trocar. Quando voltou, caí na risada. Ele fez uma produção tosca: colocou uma peruca, uma roupa super-Barbie, cheia de brilhos… Eu digo que, como mulheres, temos gostos absolutamente diferentes. Eu, super-hippie, e ‘ela’, perua, gosta de brilho, salto, maquiagem. Não fiquei chocada porque ele tinha me avisado e, afinal de contas, era meu marido por baixo daquilo tudo. É pela pessoa dele que sou apaixonada: com roupa de homem, de mulher, pelado.
Depois dessa revelação, nossa vida sexual melhorou. Antes, era uma coisa meio afobada, parecia que ele tinha pressa. Hoje, o sexo é mais tranquilo e carinhoso. Acho que ele não sente mais aquela pressão de ‘ser machão’, de ter a melhor performance do mundo. Mas não posso dizer que convivo superbem com isso. Ele se veste muito melhor quando está de ‘sapo’, como eles chamam quando estão desmontados, e é claro que eu prefiro vê-lo assim. Por mais que eu leia a respeito, me informe, tem horas que não entendo essa vontade. Penso que aquilo não faz o menor sentido. Não sei muito como classificar o crossdressing. Não é algo sexual. Já fizemos sexo com ele ‘montado’ — não foi planejado, ele estava usando uma minissaia e de repente começamos a nos acariciar e, por incrível que pareça, a transa não foi diferente. Aconteceu tudo da mesma forma, não tem um fetiche aí. Já tentei achar explicações na infância, nos traumas. Posso supor qualquer coisa, mas não encontrei nenhum argumento que me satisfaça. Tento mostrar para ele que encaro a situação com leveza, não quero deixá-lo ainda mais confuso ou culpado.
Quando a gente se conheceu, ele me dava roupas espalhafatosas, sapatos de salto. Eu olhava aquilo e falava: ‘Nunca vou usar’. Hoje, brincamos dizendo que, como não cumpri a fantasia dele de ser ‘Barbie’, ele virou boneca. Já comprei roupas femininas para ele como um agrado e também costumamos fazer compras juntos, mas, como temos gostos realmente diferentes, nunca usamos as roupas um do outro. Ele nunca usou minha lingerie, por exemplo.
Alguns meses depois, ele me contou que estava trocando e-mails com outros crossdressers e que existiam clubes de encontros entre eles. Tudo era feito sob sigilo. A maioria das mulheres nem imaginava que os maridos se vestiam de mulher. Eles não tinham coragem de contar. Começamos a frequentar alguns encontros pelo país. Ele sempre fez questão de me levar junto. Pouquíssimas mulheres participavam. Íamos para um hotel-fazenda. Lá, os homens andavam montados o dia todo. Cheguei a propor que acontecessem conversas mais profundas, que se abrissem para falar sobre angústias. Ninguém parecia interessado. As poucas mulheres que participavam também não se mostravam abertas para discussões. Fiquei surpresa ao constatar que festas de crossdressers são supercomportadas! Eles ficam quietinhos, conversando, talvez porque não sabem se movimentar muito com aquelas roupas e saltos altos!
Um ano depois da revelação, ele quis contar para nossos filhos adultos, que não moravam mais conosco. Fui contra. Ele disse que eles poderiam ficar sabendo por outras pessoas ou na internet — ele fazia um diário virtual e postava fotos vestido de mulher sob outra identidade. Também disse que não poderia esconder isso, já que sempre teve uma relação com os filhos baseada na verdade. Chamou um por um. Não participei das conversas. A reação foi ótima. Disseram que, se o pai precisava daquilo para ser feliz, eles aceitariam. Não sei se já viram o site do pai, e ele nunca apareceu de mulher para eles. Também contamos aos amigos mais íntimos e ninguém se afastou. Antes de se descobrir, ele trabalhava sozinho, como consultor, então não teve de lidar com colegas.
Minha maior angústia é a vontade de protegê-lo. Não quero que as pessoas riam, apontem nem xinguem. Ninguém sabe como ele é culto, inteligente e divertido. Já saí­mos com ele montado para bares e restaurantes e nada aconteceu, mas fico sempre preocupada. Quando peço para ele não se montar para sair, ele diz que estou sendo tão preconceituosa quanto a sociedade, que ele esperava que eu fosse diferente. Respondo que sou diferente em partes; afinal, também carrego valores da sociedade.
Quando ele está em crise, fazendo aqueles questionamentos todos, me afasto ou fico por perto sem falar nada, só ouvindo e apoiando, mostrando que o amo e estou ao seu lado para o que der e vier. Nós dois fazemos análise com profissionais diferentes, mas é difícil achar alguém que entenda sobre crossdressing de verdade. Os psicólogos levavam sempre para o lado da homossexualidade, que não é o caso. Na minha terapia, esse não é o foco principal, por incrível que pareça. Mas é claro que também falamos disso; afinal, faz parte da minha vida. Ele é superengajado, discute vários assuntos do universo crossdresser no site, tem um público de leitores fiéis, porque pesquisa muito a respeito. A verdade é que estamos aprendendo juntos. Nenhum de nós entende o assunto muito bem, mas nos apoiamos. Hoje, nosso relacionamento é mais profundo do que nunca.”
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Mulher envia barra de sabão feita com a própria gordura para o ex-namorado

Sabemos, términos de relacionamentos nem sempre são fáceis. Pior ainda quando um dos lados acaba humilhado, como foi o caso de uma chinesa, conhecida apenas como "XiaoXiao''.
A jovem contou no Weibo, Twitter chinês, todo o seu plano de vingança. Após levar um fora do namorado por estar acima do peso, ela fez uma lipoaspiração e, não satisfeita, produziu barras de sabonete com a gordura que tirou durante o procedimento.
Segundo ela, a intenção era que o ex-namorado “lavasse a boca” depois de fazer comentários tão ruins sobre a sua aparência. Além do estranho “presente”, a jovem também teria mandado algumas fotos, para ele ver a sua mudança.
O ex-namorado, que não gostou nada da brincadeira, respondeu "XiaoXiao'' também pela rede: “Por que você está fazendo com que eu pareça mau na internet? Droga, já tinha tudo acabado entre nós. Você não precisava ir a um hospital para sugar a gordura e me enojar“.


Fonte(s)
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O MISTÉRIO DO TRIÂNGULO DAS BERMUDAS VERDADE OU MITO?

 O MISTÉRIO DO TRIÂNGULO DAS BERMUDAS
VERDADE OU MITO?


 






 Introdução

Ele não existe em nenhum mapa oficial e não tem como saber como podemos chegar até ele. Mas, de acordo com alguns estudiosos, o Triângulo das Bermudas é um lugar que realmente existe e onde dezenas de navios, aviões e pessoas desapareceram sem qualquer tipo de explicação racional. Desde que uma revista usou pela primeira vez a frase "Triângulo das Bermudas", em 1964, esse mistério tem atraído a atenção de todos. No entanto, ao pesquisar a maioria das casos a fundo, eles se tornam muito menos misteriosos. Geralmente os desaparecidos nunca estiveram na área do Triângulo, ou acabaram sendo encontrados ou há uma explicação razoável para o desaparecimento.

Isso quer dizer que não há nada de coerente nas alegações de que tantas pessoas tiveram experiências estranhas no Triângulo das Bermudas? Não necessariamente. Os cientistas já documentaram desvios de padrão na área e encontraram algumas formações interessantes no leito oceânico dentro da região do Triângulo das Bermudas. O que significa que para aqueles que querem acreditar, há bastante lenha para a fogueira.

Neste artigo, vamos olhar os fatos mais conhecidos deste lugar e também algumas das histórias mais contadas. Além disso, vamos explorar as teorias bizarras que falam de alienígenas e portais do espaço, além das explicações mais mundanas.

Muitos pensam no Triângulo das Bermudas, também conhecido como Triângulo do Diabo, como uma área "imaginária". O Board of Geographic Names (Comissão de Nomes Geográficos) dos EUA não reconhece a existência do Triângulo das Bermudas e não possui um arquivo oficial sobre ele. No entanto, dentro dessa área imaginária, muitos navios de verdade e as pessoas que estavam a bordo deles parecem ter desaparecido sem deixar explicações.

O Triângulo das Bermudas fica próximo à costa do Sudeste dos Estados Unidos, no Oceano Atlântico, e suas extremidades atingem as proximidades de Bermuda, Miami, Flórida e San Juan, em Porto Rico. Ele cobre cerca de 1,295 milhão de quilômetros quadrados.

A área pode ter recebido esse nome por causa de sua extremidade que fica próxima à Bermuda, que já foi conhecida como a "Ilha dos Demônios". Nas redondezas desse país, há recifes traiçoeiros que encalham barcos que navegam nas proximidades.


O Mar do Diabo


Imagem cedida NASA
Ilha Miyake, no Japão
O Mar do Diabo, também chamado de Triângulo de Formosa, localiza-se na costa do Japão, em uma região do Pacífico nas proximidades da Ilha Miyake, a cerca de 177km ao sul de Tóquio. Assim como o Triângulo das Bermudas, o Mar do Diabo não aparece em nenhum mapa oficial, mas seu nome é utilizado por pescadores japoneses. Essa é uma área conhecida por desaparecimentos estranhos de navios e aviões.

Outra lenda diz que, assim como o Triângulo das Bermudas, o Mar do Diabo é a única outra área em que uma bússola aponta para o Norte real em vez do Norte magnético (vamos falar mais sobre isso depois).

Uma teoria popular diz que a atividade vulcânica ao redor da área, especialmente um vulcão submarino, poderia ser a causa dos desaparecimentos.



Qual é o mistério?

Nos últimos 100 anos, o Triângulo das Bermudas foi o local onde aconteceu um número absurdo e significativamente alto de desaparecimentos inexplicáveis de aviões, navios e pessoas. Alguns relatórios dizem que até 100 navios e aviões desapareceram na área, com mais de mil vidas perdidas. A guarda costeira dos EUA, no entanto, alega que a área não tem um número incomum de incidentes.

Em 1975, Mary Margaret Fuller, editora da revista "Fate", entrou em contato com a Lloyd, de Londres, para saber as estatísticas de pagamentos de seguros por incidentes que haviam ocorrido dentro dos limites do Triângulo. Ela descobriu que, de acordo com os registros da Lloyd, 428 navios sumiram no mundo todo entre 1955 e 1975, não havendo nenhuma incidência maior de eventos no Triângulo das Bermudas do que no resto do mundo.


Gian J. Quasar, autor de "Into the Bermuda Triangle: pursuing the truth behind the world's greates mystery" (Dentro do Triângulo das Bermudas: em busca da verdade por trás do maior mistério do mundo) e diretor do Bermuda-triangle.org, alega que esse relatório "é completamente falso". Ele diz que devido ao fato da Lloyd não segurar veículos pequenos como iates e normalmente não oferecer seguros para pequenos barcos alugados ou aviões particulares, seus registros não podem ser levados totalmente em consideração. Além disso, ele também diz que os registros da guarda costeira, publicados anualmente, não incluem "navios desaparecidos". Ele solicitou os dados sobre "veículos marítimos que não retornaram" e recebeu (após 12 anos solicitando) registros de 300 barcos desaparecidos/atrasados nos dois anos anteriores. E não se sabe se estes embarcações acabaram retornando. Sua página na internet possui a lista destas embarcações (em inglês).

O banco de dados da NTSB (Comissão Nacional de Transportes e Segurança) indica (de acordo com Gian J. Quasar) que somente umas poucas aeronaves desapareceram sobre a costa da Nova Inglaterra nos últimos 10 anos, enquanto mais de 30 casos desses ocorreram no Triângulo das Bermudas.

O mistério do Triângulo provavelmente começou com o primeiro desaparecimento a tomar um bom espaço na mídia, em 1945, quando cinco aviões Avengers da marinha norte-americana desapareceram na área. Embora o motivo do desaparecimento originalmente tenha sido definido como "erro do piloto", os familiares do piloto que liderava a missão não aceitaram que ele havia cometido aquele tipo de erro e acabaram convencendo a marinha a mudar o veredito para "causas ou razões desconhecidas".

O preço do seguro é maior no Triângulo das Bermudas?


De acordo com Norman Hooke, que conduziu os estudos de vítimas de acidentes marinhos para os Serviços de Informações Marítimos da Lloyd (em inglês), com sede em Londres, "o Triângulo das Bermudas não existe". Em vez disso, ele diz que os desaparecimentos na área foram diretamente relacionados às condições climáticas. Por isso, apesar das teorias sobre o motivo de navios e aviões desaparecerem na área, as apólices não são mais caras do que as apólices feitas para qualquer outro lugar do oceano.

Mas o mito do Triângulo ganhou evidência após o repórter E. V. W. Jones ter compilado uma lista de "desaparecimentos misteriosos" de navios e aviões na região que se estende entre a costa da Flórida e de Bermuda. Dois anos depois, George X. Sand escreveu um artigo para a revista "Fate" com o título "Mistério marítimo na porta do nosso quintal". O artigo falava sobre uma "série de estranhos desaparecimentos marítimos, os quais não deixavam qualquer tipo de rastro, que ocorreram nos últimos anos" em um "triângulo sobre o mar cujas fronteiras são as proximidades da Flórida, Bermuda e Porto Rico".

Conforme mais incidentes iam ocorrendo, a reputação do lugar aumentava e eventos antigos eram analisados novamente e somados à lenda. Em 1964, a revista "Argosy" batizou o triângulo em um artigo com o nome de "O letal Triângulo das Bermudas", de Vincent Gaddis. O slogan da revista que dizia ser "sobre ficção", não impediu que o mito se espalhasse. E, então criaram-se mais artigos, livros e filmes, cada um sugerindo uma nova teoria que ia de abduções alienígenas a polvos gigantes.
Desaparecimentos famosos

Muitas páginas da internet sobre o Triângulo das Bermudas incluem grandes listas de navios e aviões desaparecidos. Mas a verdade é que muitos deles não estavam nem um pouco próximos ao Triângulo quando desapareceram, ou reapareceram posteriormente com explicações perfeitamente racionais para os seus desaparecimentos. Por exemplo, o Mary Celeste, encontrado flutuando em 1872 sem nenhuma pessoa à bordo e com tudo exatamente da maneira como as pessoas tinham deixado, está em todas as listas de desaparecimentos atribuídos ao Triângulo das Bermudas. Mas a verdade é que esse incidente ocorreu a centenas de quilômetros do Triângulo.

Aqui vai uma amostra de alguns dos incidentes mais notáveis. Como você vai poder comprovar, alguns deles têm explicações razoáveis, mas ainda assim continuam sendo atribuídos aos poderes ocultos e estranhos da área.

O navio U.S.S. Cyclops, 1918

Durante a Primeira Guerra Mundial, o U.S.S. Cyclops servia na costa Leste dos EUA até 9 de janeiro de 1918. Ele havia sido designado para o Serviço de Transporte Naval. O Cyclops teria de viajar até o Brasil para reabastecer navios britânicos no Sul do oceano Atlântico. Ele partiu do Rio de Janeiro em 16 de fevereiro e, após uma rápida parada em Barbados, entre 3 e 4 de março, nunca mais foi visto. Todos as 306 pessoas, entre passageiros e tripulação, desapareceram sem deixar rastro.


Imagem cedida New York Navy Yard/Navy Historical Center
O USS Cyclops ancorado no rio Hudson em

3 de outubro de 1911

Funcionários do Ministério da Marinha ficaram perdidos, já que nenhuma tempestade foi registrada na área do desaparecimento. E também não houve destroços encontrados ou pedidos de socorro transmitidos pelo equipamento potente do Cyclops. De acordo com Marshall Smith, que escreveu um artigo publicado na "Cosmopolitan", em setembro de 1973, as "teorias variavam de um mar revolto até coisas como uma explosão na caldeira que destruiu o equipamento de rádio e impediu qualquer pedido de socorro". Mas a teoria mais bizarra é a de que um polvo gigante prendeu o navio com seus tentáculos e o arrastou para o fundo do oceano.

Aviões Avengers da Marinha Americana, vôo 19, em 1945


A história mais famosa do Triângulo das Bermudas, sem dúvida, é o mistério que cerca o desaparecimento de cinco aviões Avengers da marinha em 1945. A história do vôo 19 costuma ser resumida assim: uma patrulha de rotina partiu em um dia ensolarado com cinco pilotos muito experientes. De repente, a torre começou a receber transmissões do líder do vôo alegando que estavam perdidos, que as bússolas não funcionavam e que "tudo parecia errado". Depois disso, eles nunca mais foram vistos e investigações posteriores da marinha não tiveram nenhum sucesso em explicar o incidente.


Imagem cedida U.S. Naval Historical Center
(Centro histórico naval norte-americano) Um Grumman TBF Avenger da marinha americana

O Tenente Charles C. Taylor era quem liderava a missão, que incluía várias mudanças de rota planejadas. Os aviões partiram às 13h15 do dia 5 de dezembro de 1945. Às 15h, o tenente Robert F. Cox estava sobrevoando a cidade de Fort Lauderdale, na Flórida, quando ouviu um sinal que pensou vir de um barco ou avião em perigo. Então, ele chamou o serviço de operações da Estação Aérea da Marinha para contar o que tinha acabado de ouvir. Cox mandou Taylor viajar com o sol em direção à sua asa esquerda pela costa até que atingisse Miami. Taylor respondeu que seu grupo estava sobrevoando uma pequena ilha e que só viam mar por todos os lados. No entanto, se ele estivesse sobre os recifes da Flórida, como havia dito que estava, deveria ter visto várias ilhas e a península.Com menos de duas horas de vôo até que acabasse o combustível, Taylor descreveu uma grande ilha para o serviço de operações da marinha. Se presumirmos que se tratava da Ilha de Andros, a maior nas Bahamas, o serviço de operações enviou diretrizes que o levariam diretamente para Fort Lauderdale. E aparentemente estas diretrizes estavam corretas, já que após terem tomado o novo rumo, a voz de Taylor começou a ficar mais forte no rádio. Mas o problema foi que Taylor não acreditou que esse rumo estivesse correto e, após alguns minutos, disse que eles não se afastaram muito do Leste. Contornaram novamente e seguiram para o Leste. Com essa manobra, as transmissões começaram a perder força como resultado de voarem na direção errada e saírem do alcance do rádio. Por razões ainda desconhecidas, Taylor ignorou o procedimento padrão de vôo que mandava  para Oeste quando estivessem sobre a água e para o Leste quando estivessem sobre o solo.

Dois hidroplanos PBM-5 dos fuzileiros navais foram fazer buscas na área, mas um explodiu logo após a decolagem. O outro não conseguiu localizar o vôo 19. Ex-pilotos interrogados por Michael McDonnel para um artigo da "Naval Aviation News", em junho de 1973, disseram que um Avenger tentando efetuar um pouso forçado sobre o mar aberto durante a noite, muito provavelmente não resistiria ao impacto. O avião provavelmente se despedaçou com o impacto e quaisquer tripulantes que tivessem sobrevivido à colisão não durariam muito na água gelada, sob fortes ventos.
Outros desaparecimentos

Aeronave DC-3, vôo NC-16002, em 1948

Em 28 de dezembro de 1948, o capitão Robert Lindquist, do vôo NC-16002, pilotava um DC-3 em um vôo comercial de San Juan, em Porto Rico, com destino a Miami, na Flórida. Ele entrou em contato com Miami por rádio quando estava a 80 quilômetros de distância e pediu instruções de pouso. Miami respondeu passando as instruções, mas não houve mais respostas vindas do capitão Lindquist. O avião nunca chegou e nunca mais foi visto. Embora muitos relatórios afirmem que não houve problemas no rádio e que as condições climáticas eram muito boas, o relatório de investigação do acidente, feito pela Civil Aeronautics Board (Comissão de Aeronáutica Civil,) não concordou com essas informações.

De acordo com o relatório, o avião teve problemas elétricos desde o início e suas baterias precisavam ser recarregadas para que pudesse se comunicar com a torre. Mas, em vez de carregar as baterias antes da decolagem, Lindquist instruiu a equipe de terra a encher a água das baterias e substituí-las no avião. Primeiro, ele havia cancelado o vôo por causa desses problemas com a bateria e recebeu ordens para ficar em San Juan até que pudesse estabelecer contato por rádio com a torre e reconfirmar seu plano de vôo. Mas 11 minutos após a decolagem, ele entrou em contato com a torre para informar que continuaria o curso até Miami. A torre nunca recebeu essa transmissão, mas a CAA Communications em San Juan, sim. Nenhuma tentativa de entrar em contato com o vôo teve sucesso. Na última comunicação por rádio enviada pelo vôo, Lindquist disse que estavam a 80 quilômetros ao Sul de Miami.
Imagem cedida U.S. Library of Congress
 Um Douglas DC-3, o mesmo modelo do avião que desapareceu sobre o Triângulo das Bermudas em 1948

O relatório de análise da Civil Aeronautics Board inclui a hipótese de que alguma falha no sistema elétrico fez com que o rádio e a bússola da aeronave parassem de funcionar após a última comunicação. Ela também acredita que devido ao fato do capitão Lindquist não ter se comunicado com a torre, ele não tinha como saber das mudanças no clima. A direção do vento havia mudado, o que teria feito seu avião sair cerca de 80 quilômetros da rota. E como a localização do capitão era estimada baseando-se no seu tempo de vôo, velocidade e condições climáticas, ele poderia ter saído do curso facilmente. Outro ponto que vale a pena ressaltar é que o avião tinha combustível suficiente para sete horas e meia de vôo e já tinha voado por pouco mais de seis horas quando o último contato foi feito, o que poderia ter causado sua queda no Golfo do México depois de ter ficado sem combustível. Não foram encontrados destroços, mas isso é explicado pelo fato de que o avião pode ter caído em uma área muito profunda e as evidências do acidente desapareceram rapidamente.

O S.S. Marine Sulphur Queen

O S.S. Marine Sulphur Queen era um navio-tanque que rumava para Norfolk, na Virgínia, vindo de Beaumont, no Texas, e carregava 15 mil toneladas de enxofre derretido em tanques aquecidos. Sua última comunicação aconteceu em 3 de fevereiro de 1963, quando o capitão enviou um relatório de rotina por rádio informando sua posição. Essa mensagem dizia que eles estavam próximos de Key West, no Estreito da Flórida, mas eles nunca chegaram à Virgínia.

Três dias após o relatório indicando a posição, as equipes de busca da guarda costeira encontraram um único colete salva-vidas flutuando 64 km a sudoeste da última posição conhecida do navio. É muito provável que um vazamento de enxofre tenha causado uma explosão. E o gás de enxofre poderia ter envenenado a tripulação e impedido que eles enviassem um sinal de alerta. Os tripulantes de um barco de bananas hondurenho relataram à guarda costeira que seu navio de carga entrou em uma área com um odor forte e ácido a 24 km do Cabo San Antonia, na extremidade Oeste de Cuba, pouco antes do amanhecer de 3 de fevereiro.
Imagem cedida Waypoint U.S. Coast Guard Digital Archive
 Destroços do S.S. Marine Sulpher Queen

A área era conhecida por ser infestada por tubarões e barracudas, o que explicaria o fato dos corpos nunca terem sido encontrados. O U.S. Coast Guard History Archive (Arquivo histórico da guarda costeira americana) tem a seguinte lista dos itens encontrados que estavam no Sulphur Queen: dois pedaços de madeira com o nome do navio, oito coletes salva-vidas (alguns com rasgos que acreditam ter sido causados por dentes de tubarões), cinco bóias, uma camisa, um pedaço de remo, uma lata de óleo, uma lata de gasolina, uma bóia em forma de cone e uma sirene de neblina.

440º Esquadrão de Milwaukee, Avião 680, em 1965

Em uma noite clara de 1965, uma experiente tripulação de vôo que pertencia a 440º Esquadrão do comando da reserva da aeronáutica dos EUA voavam de Milwaukee, usando uma rota muito percorrida, em direção à ilha de Grand Turk, nas Bahamas. Eles pousaram conforme o cronograma na base aérea de Homestead, na Flórida, às 17h04 e permaneceram duas horas e 43 minutos no solo. A seguir, decolaram às 19h47 rumando para o Sul em direção às Bahamas, mas nunca atingiram seu destino.
Imagem cedida Air Force Reserve Command
 O 440º Esquadrão voava no Fairchild C-119 "Flying Boxcar", que recebeu esse nome por causa de seu grande compartimento de carga

Não havia nenhuma indicação de problemas e todas as comunicações de rádio aconteciam normalmente. Quando eles não pousaram, os controladores de vôo tentaram contatar o Avião 680, mas não obtiveram resposta. Somente uns poucos destroços foram encontrados e eles poderiam ter sido jogados para fora do avião de carga intencionalmente. E o estranho é que entre a tripulação havia uma equipe de manutenção experiente, o que significa que se houvesse algum problema mecânico no vôo, haveria muitas pessoas para resolvê-lo. Não houve explicação para o desaparecimento do Avião 680.

Casos recentes

Nos dias de hoje, em que a orientação por GPS é muito utilizada, é difícil imaginar que um navio ou avião possam realmente desaparecer. Mas isso não quer dizer que não houve alguns desaparecimentos recentes atribuídos ao Triângulo das Bermudas:

    DC-3 N407D, sumiu em 21 de setembro de 1978
    Fighting Tiger 524, sumiu em 22 de fevereiro de 1978
    Beechcraft N9027Q, desaparecido em 11 de fevereiro de 1980
    Ercoupe N3808H, sumiu em 28 de junho de 1980
    Beech Bonanza, sumiu em 5 de janeiro de 1981
    Piper Cherokee N3527E, desaparecido em 26 de março de 1986
    Grumman Cougar Jet, último contato realizado em 31 de outubro de 1991
    o barco a motor Jamanic K, desaparecido quando ia de Cape Haitian para Miami, em 20 de março de 1995
    o barco a motor Genesis, que sumiu no caminho de Port of Spain, em Trinidad, para St. Vincent, em 21 de abril de 1999
    Cessna 210, desapareceu do radar quando ia de Freeport a Nassau, em 14 de junho de 1999.
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Confira 10 dos mais incríveis quartos temáticos de hotéis ao redor do mundo

Se você é fã do agente 007, do Batman, de Star Trek, Hobbit ou de diversos outros temas, com certeza você vai querer se hospedar ou, pelo menos, conhecer esses lugares. Veja a seguir a lista baseada em uma publicação do site Mental Floss.

1. Quarto Star Trek, São Paulo, Brasil

O primeiro item da nossa lista ficava no Brasil, mas infelizmente não existe mais. O quarto do Star Trek foi uma ação promocional de divulgação do filme “Star Trek Into Darkness”, ocorrida no hotel Sheraton, em São Paulo, durante um mês. Uma das suítes foi transformada no ambiente temático e recebeu a decoração que incluía efeitos de luz de LED, roupa de cama do tema e imagens do cosmos.

2. As Câmaras de Feiticeiro, Londres, Inglaterra

Fãs de Harry Potter, confessem: vocês gostariam de passar alguns dias em Hogwarts, explorando tudo e passando noites nos dormitórios das casas. Se visitar a escola de bruxos retratada nas obras e nos filmes não é possível, pelo menos a sensação de dormir em um daqueles quartos você pode ter. Esse é o objetivo do hotel Georgian House ao oferecer uma experiência diferente, na qual os hóspedes podem ter contato com o cenário que parece saído diretamente dos livros da série de J. K. Rowling. A decoração conta com garrafas de poção, caldeirões e camas de dossel no melhor estilo Hogwarts.

3. Suíte 007, Paris, França

O hotel Seven possui uma suíte temática em homenagem ao agente mais famoso dos cinemas. As suítes oferecidas proporcionam a todos a experiência de viver como James Bond, contando com murais retrô e design futurista que os colocam como em um verdadeiro filme da série. Uma particularidade oferecida pelo estabelecimento é a possibilidade de assistir a todos os volumes do 007 na TV com tela plana disponível no quarto.

4. Quarto do Batman, Taiwan

“Santa hospedagem, Batman! O homem-morcego possui um bat-quarto de hotel bat-sensacional!”. A frase poderia ser do Robin ao entrar nesse cômodo do motel Eden, que fica em Taiwan. Com uma decoração completa, o morcego, símbolo tradicional do herói da DC, está presente em tudo: na cabeceira da cama, na TV e até no espelho. Além disso, há toda uma ambientação no estilo “bat-caverna”. Ah! E aquilo que você vê no teto, em cima da cama, trata-se do famoso “bat-sinal”.

5. Casa de Visitas, Trout Creek, EUA

No estado de Montana, nos Estados Unidos, há uma réplica do “Condado”, na qual os fãs de Hobbit vão encontrar um verdadeiro paraíso. O local é todo tematizado, e a sensação é de realmente estar passando alguns dias na famosa vila dos personagens de Tolkien. A casa de visitas (foto) é o local que abriga os hóspedes e também possui decoração temática, inclusive com uma parte construída abaixo do nível do solo. A estrutura rústica se alia à tecnologia, e os hóspedes têm WiFi e TV em alta definição. Clique aqui para conferir mais imagens do local.

6. Suíte Meu Malvado Favorito, Orlando, EUA



A Suíte Meu Malvado Favorito fica no resort da Universal, em Orlando, Flórida. No lar dos grandes parques e hotéis temáticos, o quarto dos minions chama atenção, pois a decoração promete fazer a alegria das crianças, fãs dos pequenos seres amarelos. Desde a entrada decorada como se fosse a pesada porta do laboratório de Gru, as camas, os painéis e adesivos nas paredes e até a cortina estão no clima divertido e “amarelado” dos personagens do filme. O quarto fica anexo a outro cômodo, destinado aos adultos que estiverem acompanhando as crianças. Assista ao vídeo para saber como é a Suíte Meu Malvado Favorito.

7. Suíte de Contos de Fada, Anaheim, EUA

As meninas que gostariam de passar alguns dias “felizes para sempre” têm um lugar ideal para isso. A Suíte de Contos de Fada, que fica no hotel da Disneylândia, em Anaheim, Califórnia, possui uma luxuosa cama de dossel, um mosaico do castelo da Bela Adormecida e um hall todo de mármore. Além disso, há uma banheira que deixa as hóspedes se sentindo como verdadeiras princesas.

8. Quartos do Crepúsculo, Forks, EUA

Os quartos temáticos da saga Crepúsculo foram a maneira que o hotel Pacific Inn encontrou de explorar o potencial turístico que a cidade de Forks, no estado de Washington, ganhou com os livros e filmes da série. São muitos os fãs que resolvem visitar a cidade de Edward e Bella, então o hotel pode deixar a viagem ainda mais atrativa. Os quartos são todos pintados nas cores das capas dos livros e contêm pôsteres dos personagens, além de toalhas e almofadas decoradas. Ah! E para evitar que a luz do sol provoque aquele brilho na pele dos eventuais hóspedes vampirescos, as cortinas são bem escuras.

9. Quartos dos Piratas de LEGO, Carlsbad, EUA

O hotel resort da LEGO na cidade de Carlsbad, Califórnia, tem quartos com diferentes decorações temáticas, mas certamente o dos piratas é o mais chamativo. Eles foram concebidos com a ideia de que os hóspedes se sintam como se estivessem no interior de um navio, com os objetos todos alinhados no mesmo sentido. A decoração, claro, tem muitas referências ao brinquedo, por isso é possível perceber muitas imagens nos papéis de parede e nos móveis retratando as famosas pecinhas montáveis.

10. O quarto do filme "Tron: o Legado", Jukkasjärvi, Suécia


Esse quarto foi uma homenagem que dois fãs resolveram produzir para a chegada do filme “Tron: o Legado”, em 2010. Ele ficava na Suécia, no hotel de gelo conhecido por ser construído e permanecer ativo apenas alguns meses por ano. O quarto, com alta tecnologia e um circuito de iluminação azul implantado nas paredes de gelo, foi inspirado na cena da boate futurística do longa. No vídeo, você confere como o cômodo foi construído.
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