Quando o coração sangra,
Não estanca,
Deixa correr,
Deixa ser,
Permita-se sofrer.
De sofrência até se morre,
Mas quando se escolhe,
nela viver.
Deixa o músculo vermelho escorrer,
O veneno precisa expurgar seus efeitos,
Retê-los tráz dor no peito,
Não carece disso guardar.
A faca enfiada na alma,
rasga sem dó.
não estou só,
então logo passa.
O poder de toda desgraça,
acaba, quando a gente
Imponente ,perante ela, grita:
_A vida ainda é minha,deixa eu manejar!
Ah moço,eu choro tanto,
Que minhas lágrimas parecem seca no sertão,
o Tempo todo,ali, me fazendo lembrar.
E quando sangra meu coração,
Como agora,
Suspiro fundo,
Olho no mundo,
Viro para para dentro de mim,
Esses olhos cansados,
E ainda enamorados,
Mesmo sem saber o porquê.
Me retiram do abismo,
Me lançam nas lembrancças de quem sou.
Aquele Eu que não sei onde vive,
Porém cá dentro de mim,
Surge assim,
Cuidando do que sobrou,
Me ensinando a continuar.
Hoje deixo o veneno ir.
Amanhã eu refaço os pontos.
O segredo não está na dor,
Mas no meu opor
Diante dessa falsa escravidão.
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