Quem sou eu?

Danka Maia é Escritora, Professora, mora no Rio de Janeiro e tem mais de vinte e cinco obras. Adora ler, e entende a escrita como a forma que o Destino lhe deu para se expressar. Ama sua família, amigos e animais. “Quando quero fugir escrevo, quando quero ser encontrada oro”.

Os fantasmas do voo 401

 


Um dos casos mais enigmáticos da aviação mundial  é o caso do vôo 401. Bob Loft era comandante do voo 401 da Eastern Airlines no dia em que decolou de Nova York para Miami, na sexta-feira, 29 de dezembro de 1972.

Na época foi o maior acidente aéreo já ocorrido até aquele momento nos Estados Unidos. Esse acidente ocorreu por uma distração dos tripulantes. Tudo começou quando, na aproximação para o Aeroporto de Miami (KMIA/MIA), ao tentarem baixar o trem de pouso, havia a indicação no painel que o trem dianteiro não havia baixado. O Engenheiro de voo Don Repo e o Comandante Loft, foram checar através de um periscópio, instalado abaixo da cabine de comando, projetado exatamente para aquilo, porém, ao sair de seu assento, Loft não notou que deslocara a coluna do manche para a frente, o suficiente para desconectar o piloto automático. Com a noite escura, fase de lua nova, não era possível distinguir céu, horizonte, e terra.

Como Loft empurrara a coluna acidentalmente, o L-1011, tinha a tendência de embicar-se para abaixo da linha do horizonte, sem que seus tripulantes percebessem. Ao retornar a seu assento, Loft notou que seu Altímetro marcava 100 pés, e perguntou para seu primeiro oficial:


Stockstill - Nós fizemos algo errado com a altitude
Loft - O quê?
Stockstill  - Nós ainda estamos a 2000 (pés), certo?
Loft - Hey - O que está acontecendo aqui?

Às 23:42:08, o L-1011 entrou voando a 400Km/h no lago, se desintegrando instantaneamente, e matando 101 pessoas, inclusive Loft e Dan Repo, o engenheiro de bordo. A investigação concluiu que a causa do acidente foi uma combinação de falha de equipamento e erro humano.



Terminado o inquérito, peças e componentes do aparelho sinistrado foram recolhidos para serem usados em outros aviões da Eastern.

Pouco depois, começaram os boatos: pilotos e tripulantes em vários vôos da Eastern declararam ter visto os fantasmas de Loft e de Dan Repo, que apareciam com mais freqüência a bordo do avião número 318. Nos primeiros incidentes, algumas aeromoças acharam que a cozinha inferior, onde a comida era preparada, estava anormalmente fria. Outras sentiram que havia alguém ali com elas, quando estavam sozinhas.


Um dia, um engenheiro de bordo chegou para fazer sua inspeção pré-vôo e viu um homem vestido com o uniforme da Eastern. Ele imediatamente reconheceu seu velho amigo, Dan Repo, que chegou a dizer que o engenheiro não precisava se preocupar com a inspeção porque ele já tomara todas as providências. Em um outro vôo, o fantasma do comandante Loft foi visto por um piloto e duas aeromoças. Ocasionalmente, Dan Repo ou aeromoças não identificadas eram vistos pelo painel de vidro do elevador da cozinha inferior - e então desapareciam antes da abertura da porta.

A tripulação do vôo 401, a bordo do vôo 26, em Miami, no dia anterior ao acidente. Atrás: Pat Ghyssels, Trudy Smith, Adrianne Hamilton, Mercy Ruiz. Na frente: Sue Tebbs, Dottie Warnock, Beverly Raposa, Stephanie Stanich. Na parte de cima, deitada: Patty George. Não aparece: Sharon Transue (ela tirou a foto).
Uma investigação informal sobres essas histórias foi dificultada tanto pela recusa dos empregados em falar sobre o assunto quanto por uma série de anotações desaparecidas do avião. Mas os investigadores finalmente descobriram um fato intrigante: muitas peças recuperadas do voo 401 foram posteriormente usadas no avião número 318.

Muitos dos relatos vêm de pessoas com posições altamente responsáveis; pilotos, oficiais de voo e até mesmo o vice-presidente da Eastern Airlines, que supostamente falou com o capitão deduzindo que ele era o encarregado do voo, antes de reconhecê-lo como o falecido Loft. Descobriu-se que quando os restos do Voo 401 foram recuperados, alguns dos componentes que ainda funcionavam foram transferidos para outros aviões. Ele concluiu que esta foi a causa das visões de fantasmas em 30 aviões diferentes.

Mais fatos estranhos sobre o caso:


John G. Fuller, respeitado autor e jornalista americano, é o responsável pela descoberta e revelação ao público de muitos destes fatos. Publicou um livro sobre o assunto, “The Ghost of Flight 401″ (1976, Souvenir Press), onde relata todo o drama do acidente e dos fatos que se seguiram.

Relata também o contato feito através de uma médium, Elizabeth Manzione, entre Donald Repo, sua esposa Alice e sua filha Donna.

Fuller conheceu no curso das investigações esta médium, que afirmava estar recebendo mensagens de Repo. Uma sessão mediúnica foi marcada. Fuller anotou todas as mensagens recebidas por meio de uma Tábua Ouija. Entre estas: “Donna, seja uma boa menina… eu te amo muito.” “Sassy, te amo… lágrimas não ajudam… e uma mensagem que aparentemente não fazia sentido: “os ratos já saíram do sótão?

Impressionado, Fuller contatou a família de Repo e marcaram um jantar em Miami. Cuidadosamente, Fuller foi contando das suas descobertas, até que tomou coragem e relatou as frases anotadas na sessão. Alice, até então cética, explodiu em lágrimas: “Sassy foi um apelido que Don inventou para mim em nossa lua-de-mel e nunca mais usou… e os ratos no sótão aqui de casa… só ele e eu sabíamos.

Todos se emocionaram. Foi quando Alice contou um fato até então escondido por ela. Meses antes do acidente, um telefonema foi dado para a casa dos Repo. Alice atendeu e uma voz masculina disse simplesmente: seu marido Donald morreu num desastre aéreo. Irritada, Alice desligou e virando-se para Donald, que tomava tranquilamente café ao seu lado, relatou a conversa. Repo fez pouco caso: “É um trote estúpido e cruel, Alice. Não ligue para isso.”

Meses depois, Alice atendeu outro telefonema. Do outro lado da linha, uma voz extremamente grave. Era um homem dizendo trabalhar na coordenação de voos da Eastern. Queria falar com Repo, que estava nesse dia de folga em casa. Donald atendeu e depois de alguns minutos disse à Alice: querida, fui chamado para uma substituição. É um voo ida e volta para New York. Estarei em casa por volta da meia-noite.

Donald saiu para o aeroporto. Uma hora depois e ainda pensando no assunto, Alice tomou um choque: reconheceu a voz grave que meses antes tinha passado o trote. Era a mesmíssima voz que chamara seu marido horas atrás para assumir o voo. Desesperada, Alice ligou para a empresa, mas o Tristar já havia partido com Donald, no voo Eastern 401.

Dias após os funerais, Alice foi até a empresa, tentando descobrir a identidade do funcionário de voz estranha que convocou Donald para o fatídico voo. Foi recebida pelo chefe do departamento de escala, que coordena quais tripulantes farão quais voos.

O homem calmamente levou-a até uma sala reservada, e com tranquilidade, revelou que ninguém em seu departamento – e até onde ele soubesse, em toda a empresa – havia convocado Donald Repo naquele dia para trabalhar no voo 401. “Foi uma surpresa aqui no departamento quando ele se apresentou. Já estávamos tentando chamar outros tripulantes em “stand-by” quando Repo apareceu. Foi muito bom para nós naquele dia, mas uma trágica coincidência para Donald. Sinto muito, Sra. Repo.

Quem seria o misterioso homem que havia convocado Donald Repo para o trabalho naquele dia?

Em 1978 foi feito um filme baseado nos acontecimentos fantasmagóricos do Voo 401, o qual foi estrelado pelo famoso ator Ernest Borgnine. Seu nome é “O Fantasma do Voo 401″, ou The Ghost of Flight 401.
Local onde caiu o Voo 401

Do luto ao espanto:


Doris estava no ônibus da tripulação quando foi avisada do desastre. Imediatamente lembrou-se de sua premonição e irrompeu num pranto descontrolado. A dor atingiu todos da família Eastern, especialmente pelo desastre ter ocorrido na cidade-sede da empresa, Miami. Mas foi em fevereiro de 1973 que a empresa passou do luto ao espanto. Num Tristar idêntico ao acidentado, matriculado N318EA, começaram a acontecer fatos estranhos. De uma hora para outra, tripulantes trabalhando na galley de porão reclamavam que a temperatura estaria fria demais. Essa galley era uma característica única do Tristar, de maneira a permitir uma maior ocupação de assentos na cabine principal. O acesso de tripulantes e refeições era feito por um pequeno elevador.

Uma comissária, Virginia P., trabalhava esquentando as refeições quando notou uma névoa ou halo começando a se formar na galley. Parou o que fazia e olhou com curiosidade para o estranho fenômeno: era como uma pequena nuvem que crescia no exíguo espaço: para seu espanto, começou a se formar dentro dessa nuvem uma imagem. Paralisada de medo, Virginia viu um rosto lentamente surgir: a face do engenheiro de voo Don Repo.

Virginia, em desespero, subiu para a cabine principal. Atordoada, nada disse aos colegas, exceto que não passava bem. Com medo de ser afastada por insanidade, guardou em segredo a aparição. Mas menos de um mês após, soube de outro incidente a bordo do N318EA.

A volta do Comandante


Certo dia, durante os procedimentos de embarque no aeroporto de Newark, a comissária chefe de um voo com destino à Miami percebeu a presença de um comandante da Eastern sentado na primeira classe. Conferindo sua lista, não encontrou registro de nenhum tripulante voando como passageiro extra. Aproximou-se e indagou o comandante. Este, com uma estranha expressão no rosto, que misturava um claro desconforto e tensão, olhava fixamente para a frente e não respondia às perguntas da comissária, que começou a ficar irritada. As constantes perguntas sem resposta atraíram a atenção de outros passageiros da primeira classe.

Perdendo a paciência, a comissária foi até a cabine e chamou o comandante do voo, para que ele tentasse obrigar o estranho tripulante a se comunicar. Ao chegar na poltrona, o capitão do voo reconheceu o comandante silencioso. Sem se conter, gritou: “Meu Deus, é Bob Loft!” Na frente de todos, a silenciosa figura desapareceu no ar. O voo foi cancelado, passageiros histéricos tiveram que ser atendidos e acalmados. E com este incidente, a imprensa tomou conhecimento que havia algo a mais nos aviões da Eastern.

O livro de bordo do N318EA, onde as tripulações reportam anomalias, discrepâncias e panes, começou a ficar cheio de anotações como estas:

“JFK… durante reabastecimento… VP da Eastern primeiro a embarcar… cumprimenta comandante no avião… percebe ser Bob Loft… VP sai do voo."

"Vôo NY-Miami… Cmte. Loft visto por 3 tripulantes que tentam falar com ele… Loft não responde e desaparece na frente dos três… avião inteiramente revistado… voo cancelado."

Os livros de bordo de mais duas aeronaves, o N317EA e N308EA passam a colecionar anotações como estas: “Funcionários da Marriott reabastecendo a galley de primeira classe… saem correndo do avião e recusam-se a voltar… homem com roupa de segundo oficial teria aparecido na galley… e desapareceu em pleno ar logo e seguida."

“Comissária abre o compartimento de bagagens e dá com o rosto de Bob Loft dentro do compartimento olhando fixamente em seus olhos… comissária desmaia… voo atrasado."

“Co-piloto faz a volta olímpica na aeronave, check pré-voo… retorna ao ao seu assento na cabine… encontra engenheiro de vôo sentado em sua poltrona… engenheiro diz: 'já fiz o pré-check, não se preocupe' – engenheiro era Donald Repo… desapareceu subitamente na sua frente”.

Vozes


Esta foi a primeira vez registrada que uma das aparições fala com alguém, mas não a última. Na segunda, um comandante embarcou para pilotar um L-1011 em San Juan, Puerto Rico, e deu de cara com Repo dentro da cabine. Assustado, parou e olhou diretamente para Repo, que teria dito: “Não haverá mais nenhum acidente com L-1011 na Eastern… nós não deixaremos que isto aconteça”.

Mas o mais extraordinário aconteceu no N318EA, estacionado em New York num voo com destino à Cidade do México e Acapulco. Enquanto preparava as refeições, uma comissária viu o rosto de Repo formando-se no vidro de um dos fornos da Galley de porão. Aterrorizada, subiu para a cabine principal e chamou um colega. Decidiram retornar à galley e ao chegar, ambos viram a face de Repo. A aparição disse simplesmente: “Cuidado com fogo neste avião”. E sumiu.


O voo decolou e pousou na Cidade do México sem problemas. Ao dar a partida para a continuação para Acapulco, o motor número três apresentou uma pane séria, obrigando o voo a ser cancelado. A tripulação técnica foi instruída a trazer a aeronave de volta à base de manutenção de Miami, fazendo o voo de traslado (sem passageiros) com apenas 2 motores.

No dia seguinte, o N318EA iniciou sua decolagem da Cidade do México com apenas três tripulantes à bordo. Ao chegar na V-R, o motor número 1 explodiu e começou a pegar fogo. O Tristar, voando a apenas 15 metros acima do solo, mal conseguiu evitar os obstáculos e prédios ao final da pista. Minutos depois, tendo ganhado um pouco mais de altitude, a tripulação iniciou o retorno e conseguiu pousar em segurança.

O incidente trouxe ainda mais exposição na mídia ao drama da Eastern. Tripulantes começaram a pedir para serem transferidos de equipamento. Talk-shows na TV começaram a falar insistentemente do assunto. Por outro lado, malucos, curiosos e médiuns faziam reservas para voar nos aviões “assombrados” da Eastern. A empresa declarou que os incidentes eram apenas boatos, desmentindo seus tripulantes. Em carta interna, ameaçava com demissão sumária qualquer nova manifestação ou vazamento de informações para o público ou a imprensa.

Dois fatos provam que algo anormal estava mesmo acontecendo: os livros de bordo das aeronaves N318EA, N308EA e N317EA foram substituídos de um dia para outro, sem maiores explicações. E mais importante, as aparições cessaram por completo no início de 1974, num período de dias.

Esta é uma maquete em escala 1/100 do modelo TWA 1011 que sofreu o acidente. 

A foto hoje do modelo L_ 1011 identico ao utilizado no Eastern voo 401
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