Depois que Gente Boa publicou uma nota sobre a atitude do português Nuno Almeida, dono do bar de tapas El Gordo, no Leblon — ele expulsou de lá um grupo de clientes que “consumia pouco” — outras pessoas entraram em contato para reclamar de sua postura. A coluna conversou com Nuno.
O seu bar abriu há menos de dois meses. Não é pouco tempo para tantas queixas?
Abri há sete semanas, e 95% dos clientes estão gostando, muitos já voltaram. O problema é que algumas pessoas não estão acostumadas a frequentar um bar de tapas sofisticado como o meu. Elas confundem com botequim, acham que é um lugar para pedir um caldinho de feijão e um chope, e ficar horas. Não é.
Mas os clientes têm o direito de consumir quanto e o que quiserem, não acha?
Sim, mas a minha proposta é outra. Tapas você come muitas. Aquele grupo que eu pedi para ir embora e não voltar mais, antes de fazer isso, perguntei duas vezes: “Vão pedir mais alguma coisa?”. Eles disseram que não. Se não querem mais nada é porque não gostaram. Então podem ir embora e não precisam mais voltar, ó pá!
Não acha que é uma grosseria dizer isso ao cliente?
Não. Eles foram mal-educados comigo antes. Meus pais me ensinaram a ser assim. Se é grosseiro comigo, eu também sou. Mas acho que esse é um problema de comunicação que eu tenho com o carioca. Sou dono de restaurante há 13 anos em Trancoso e sou muito querido lá. Esses problemas, que são poucos, eu só tenho aqui.
Fonte: O Globo
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