Quem sou eu?

Danka Maia é Escritora, Professora, mora no Rio de Janeiro e tem mais de vinte e cinco obras. Adora ler, e entende a escrita como a forma que o Destino lhe deu para se expressar. Ama sua família, amigos e animais. “Quando quero fugir escrevo, quando quero ser encontrada oro”.

Homem que já esteve morto duas vezes relata como é ir dessa para melhor

 


Você já deve ter ouvido muitas histórias de pessoas que foram consideradas mortas por alguns minutos, mas que acabaram voltando à vida depois de algum tempo. Na maioria dos casos, esses pacientes relatam que passaram por uma espécie de apagão. Recentemente, um relato mais intenso sobre esse tipo de experiência foi publicado no Reddit e acabou chamando a atenção de todo o mundo.
Ainda que morrer seja nossa única certeza imbatível, é bizarro imaginar que não fazemos ideia do que é a sensação de morte. Há, no final das contas, uma sensação? Será que é como se estivéssemos caindo em um poço sem fundo, no maior estilo Alice, ou será que morrer é como dormir?
O relato desse cara foi levado a sério justamente porque ele esteve “morto” duas vezes – por cerca de dois minutos cada vez. Na primeira vez que experimentou a morte, ele foi vítima de um acidente de moto; na segunda, teve uma overdose de analgésicos.

Sono profundo


Segundo ele, a sensação de morte é uma espécie de vazio, quando a mente não tem consciência nem é capaz de sentir coisa alguma. “Nas duas vezes eu apenas ‘não estava lá’”, resumiu ele. A sensação, de acordo com o relato, poderia ser comparada com um cochilo, sem sonhos, mas em um sono profundo, do tipo que a pessoa acredita ter dormido por um longo período ao acordar, ainda que apenas alguns minutos tenham se passado.
As “mortes” citadas no relato, de acordo com o usuário, foram confirmadas pelos médicos que o atenderam. “Se os médicos não tivessem dito nada, eu pensaria que tinha tirado um cochilo sem sonhos”, comparou.
Sobre a sensação de estar prestes a morrer, o usuário disse que a primeira vez que sentiu foi no momento do acidente de moto: “a única coisa em minha mente era ‘oh, m$%&a!”. Já na segunda vez, quando “morreu” por uso excessivo de medicamentos, a descrição foi diferente: “Na segunda vez eu não fazia ideia. Eu estava com dor e, de repente, não tinha nada, simplesmente sem vida. Então eu acordei sentindo dor de novo”.

Sem medo


O depoimento contou também com a descrição da sensação de saber que se esteve morto por um tempinho: no início, o usuário disse ter achado a notícia empolgante, mas quando pensou sobre o ocorrido, a seriedade de seu caso o deixou espantado. O lado bom, segundo ele, é que seu medo da morte diminuiu, afinal ele sabe que morrer é como dormir. “Quando você morre, você apenas deixa de existir, não há nada com o que se preocupar!”.
No quesito religioso de sua experiência, ele revelou que sempre foi ateu e que continua tendo a certeza de que Deus e Paraíso não existem. Ainda assim, ele deixa claro a importância de respeitar a crença de cada pessoa. “As pessoas precisam parar de forçar suas crenças nos outros”, resume.
“Nenhuma conquista pessoal vai ter importância para mim quando eu estiver morto, a única coisa que vai viver depois da minha morte será o meu impacto nas pessoas que continuarem vivas. E eu espero que esse impacto seja positivo”, finalizou.




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