ELE SEMPRE VAI ESTAR POR AÍ...
Ele
encontrou a porta do apartamento 701 entreaberta, fazia parte do pedido façanha
de meia hora trás no celular quando ali marcaram que se daria a voracidade
sedenta de seus corpos. Samira chegou a pensar o quanto insana tudo aquilo
parecia. Marcar um encontro em seu apartamento na penumbra com um homem que
embora a invadisse a alma e fizesse muitas vezes seu corpo explodir de prazer
pela rede nas câmeras pelo Skype era a lascívia encontrando a loucura. Mas ele
valia a pena, Mark era o homem dos sonhos de qualquer mulher. Másculo, sedutor,
charmoso e como suas palavras eram doces tanto quanto libertinas.
O
acordo fora deixar a música Cochise tocando repetidamente enquanto ela o
esperaria amordaçada somente com um corpete preto com renda vermelha que
acentuava inda mais suas curvas a deixando com uma simples presa para seu
homem.
Ele
adentrou o recinto tentando ser discreto. Entretanto, aquele perfume de
erva-almiscareira que Samira ambicionara tomou todo espaço arrepiando os pelos
de sua nuca deixando-a inda mais sedenta dele. A mulher carente de trinta e
oito anos, Doutorada em Engenharia Civil, a quarta de oito irmãos, mãe de
gêmeos que moravam há oito anos com o pai no Sul da França, jaz ali a espera
daquele homem de terno bem alinhado e chapéu de que encobria parte de seu rosto
evidenciando somente seus lábios carnudos que ela tanto almejava devorar enfim.
Mark
repousou a pequena maleta que trouxe consigo, uma vez que se intitulava um
cirurgião. Trancou a porta lentamente e sua voz rouca, no entanto imponente
deferiu a primeira pergunta:
_Ainda
me quer?
Samira
sorriu, era possível sentir o ar quente que seu corpo emanava em vê-lo ali.
_Muito!-
confessou com sua alma.
Ele
caminhou vagarosamente até a mulher inteiramente entregue a ele e conferiu se
as amarras eram seguram. Cheirou todo seu corpo que era mel para sua alma e
replicou:
_Então
sabe o que precisa. Diga!- ordenou.
Aquilo
foi como ter acesso ao olimpo dos deuses:
_Doma
meu corpo, toma minha alma!-confessou Samira
Ele
a tomou pelos lábios e a beijou como jamais nenhum outro ser masculino o
fizera, semelhava sugar todo sua alma por ali, naquela troca de fluidos
deixando em ardor, leve e enfraquecida diante dele onde nem suas pernas a
obedeciam mais.
Ele
cortou tirou as amarras com muito cuidado, dizia não querer marcar a pele dela.
Num ímpeto de luxúria a jogou contra parede e ali o fato se deu. A foi após
Mark ver no rosto da mulher que a satisfizera subitamente a agarrou pelos
cabelos negros e longos e jogou veemente contra outra parede onde a violência
do ato arranhou sua face e seu olhar tornou-se apavorado.
_Mark,
o que foi isso?
Outra
vez um solavanco na altura do peito foi desferido e outro mais abaixo, seguindo
repetidas vezes e quando ela conseguiu olhar já que suas forças tinham se ido
desde aquele beijo, o sangue esvaia ao chão abrindo caminho como se fugira
dela. A faca de corte com cerca de três centímetros foi limpa por ele rente a
ela num lenço de seda que retirou do bolso da capa, e enquanto tentava mencionar
algo semelhante a:
_Por
quê?
Ele
reclinou sua cabeça sobre sua perna direita e apetecendo silêncio com o dedo
indicador nos lábios dela aguardou serenamente Samira agonizar, e quando isto
se deu, célere pegou um pequeno frasco que semelhava um botija muito antiga pôs
abaixo de suas narinas uma espécie de fuligem esbranquiçada foi se retirando da
mulher e repousando no fundo daquela garrafa.
Ele
limpara todo apartamento. E a colocou no mesmo estilo. Amarrada a cadeira e
antes de sair pela porta com sua maleta a contemplou proferindo:
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