Quem sou eu?

Danka Maia é Escritora, Professora, mora no Rio de Janeiro e tem mais de vinte e cinco obras. Adora ler, e entende a escrita como a forma que o Destino lhe deu para se expressar. Ama sua família, amigos e animais. “Quando quero fugir escrevo, quando quero ser encontrada oro”.

A Maldição dos Romanov e a Lenda de Anastácia



O monge Grigori Rasputin, assassinado em 1916, foi um dos personagens mais enigmáticos e espantosos do período que antecedeu a Revolução Russa de 1917. Era uma mistura de homem santo milagreiro com o charlatanismo, que, sem ter formalmente nenhum cargo no governo imperial russo, exerceu uma enorme influência na última fase de vida da dinastia Romanov.



O filho mais novo do czar Nicolau II e Alexandra, Alexis, sofria com a doença hemofilia. Quando estavam desesperados e sem esperanças, conheceram Grigori Rasputin, um camponês místico. Rasputin conseguia amenizar as dores que o pequeno czarevich sentia por conta da doença.


O que Rasputin fez, na verdade, foi um processo por meio de hipnose. Como naquela época não se tinha muito conhecimento a respeito do assunto, o czar e sua esposa consideraram o ato um milagre, e tornaram-se muito gratos ao camponês a quem passaram a chamar de “nosso amigo”. O homem passou a ser sempre bem-vindo na corte.




Nicolau tinha muita confiança em Rasputin, que interferiu diversas vezes em suas decisões com conselhos que nem sempre eram positivos para o governo. Em algum momento, não se sabe bem ao certo o porque, ocorreu um desentendimento entre os dois, que terminou com a expulsão do bruxo da corte.


Ainda assim, Alexandra manteve contato com Rasputin, pois ele era o único que conseguia ajudar o principezinho. Existem boatos de que em uma das visitas que ele fazia ao palácio, às escondidas, teria feito uma profecia. Teria previsto que morreria em breve e que pouco tempo depois todos os Romanov seriam dizimados.


Em 1916, Rasputin foi assassinado por parentes do czar. Foi baleado 11 vezes e teve o seu corpo jogado num rio na Sibéria. Existem controvérsias sobre o que o teria matado. Muitos acreditam que não foram os tiros, nem afogamento, mas o frio.


Existem rumores de que Rasputin teria vendido a sua alma em troca da destruição de Nicolau e sua família. Um ano depois, ocorreu a revolução bolchevique e Lenin assumiu o poder na Rússia. Em 1918, por ordem de Lenin, Nicolau II e sua família foram fuzilados.



Hoje, na Rússia pós-comunista, esboça-se entre os grupos de extrema-direita nacionalista um movimento de resgate da figura de Rasputin. Acreditam-no um tipo puro, o “bom selvagem” siberiano, místico e supersticioso, não contaminado pelos ideais racionalistas do Ocidente, um “russo puro”, ao modo de Dostoievski, que a seu modo tosco tentou preservar a Santa Rússia das desgraças.
  Acho que sou muito ligada a esses assuntos, sei lá, vocês não sentem um arrepio quando olham para a foto de Anastasia Romanov e depois se olham no espelho, como se tivesse alguma semelhança escondida ?

A Família Romanov e a lenda de Anastásia 


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A dinastia Romanov foi a mais poderosa se seu tempo e a mais rica também. As jóias da coroa czarista faziam as jóias das outras casas reais da Europa parecerem bijuterias. Eles reinaram sobre 1/6 da terra, num regime autocrático, o que vale dizer que o czar representava Deus na terra. Sua vontade era lei e tinha nas mãos o destino, a vida e a morte, de todo o povo russo. Os Romanovs viviam numa opulência sem precedentes, em ricos palácios ou em suntuosos iates e davam as mais glamurosas festas. O que arruinou a dinastia Romanov foi a falta de percepção dos novos tempos e a dificuldade de se adaptar a eles. 

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Este é Nicolau II, o patriarca da família Romanov, assumiu o trono aos 26 anos e dizia que não estava preparado para ser um Czar.
Nicolau II, foi o último czar, foi chamado por muitos de "Nicolau, o sanguinário" e no entanto ele não foi um czar terrível. Foi na verdade um homem fraco, não sintonizado com o mundo em que vivia e as mudanças que se faziam necessárias. Ele acreditava piamente na autocracia , achava que era realmente o melhor regime para o povo russo. Foi muito mal assessorado por seus ministros, e os que eram competentes ( ou talvez menos incompetentes) não foram ouvidos. Também não era bem informado do que realmente acontecia, o que vale dizer que não lhe contavam a verdade ou no mínimo maquiavam os fatos, modificando-lhes a natureza ou amenizando-lhes a gravidade. Nicolau, por mais incrível que possa parecer, era, apesar de sua posição de chefe da nação, ou talvez por isso mesmo, um homem mal informado, com idéias erradas sobre
os fatos e sobre o povo que governava.


Alexandra Feodorovna

Nicolau casou-se com Alexandra Feodoronov, foi um casamento por amor e não ¿arranjado¿, como eram a maioria dos casamentos nesta época. O fato é que Alexandra também era da nobreza.


Marie,Tatiana, Anastásia e Olga.

O czar e a czarina tinham quatro lindas filhas, mas precisavam de um herdeiro para o trono. Por causa de um decreto do czar Paulo, filho de Catarina II, "a Grande", nenhuma mulher poderia governar a Rússia. Paulo odiava tanto a mãe, que criou esta lei para que o" episódio Catarina" não se repetisse. Isso fez com que Nicholas e Alexandra ansiassem por terem um filho homem, que garantiria a sucessão.


Alexei em 1912

Alexandra se desdobrava em orações, pedindo a Deus por um filho. Um dia, em 30 de julho de 1904, suas orações foram atendidas: nascia o tão esperado herdeiro! Todos estavam maravilhados. No entanto, depois do primeiro tempo de alegria veio a terrível descoberta: Alexei, como chamaram o czarevich, era hemofílico!
Para Alexandra o fato não chegava a ser uma novidade: ela era neta da rainha Vitória da Inglaterra, que era portadora do gene da hemofilia e tivera dois filhos hemofílicos. A mãe de Alexandra, a princesa Alice e sua tia, a princesa Irene eram também portadoras do gene fatal. Alexandra desenvolveu, então , um tremendo complexo de culpa. Vivia temendo pela vida do filho e passou a rezar para que um milagre o salvasse, o curasse.

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Rasputin

Foi quando a Czarina conheceu Rasputim, que dizia-se um religioso e mago.
Este pediu-lhe que rezasse com ela e disse-lhe que salvaria o menino da morte. O menino não morreu e melhorou. Daí em diante, a czarina passou a acreditar na "santidade" de Rasputin e nem as provas contundentes no futuro que lhe foram mostradas contra ele fizeram-na mudar de opinião: Rasputin era aquele que Deus lhe mandara para salvar a vida de seu filho.
Esta fé de Alexandra em Rasputin, misto de desespero e misticismo, levou os Romanov à ruína. O público não conhecia a doença do filho do czar e, por conseguinte não sabia como explicar a presença daquele monge libertino e rude no palácio, nem entender a influência que exercia sobre a czarina. Muitos acusaram Alexandra de ser amante de Rasputin. Isso não foi verdade, de maneira nenhuma. O czar e a czarina amavam-se apaixonadamente e , mesmo que não tivesse sido assim, a moral vitoriana de Alexandra, sua educação religiosa, muito rígida, e seu próprio modo de ser teriam impedido que o fato ocorresse. Alexandra era uma esposa fiel e dedicada e uma mãe atenta e arrasada pela doença do filho.


O fato é que Rasputin tinha duas caras. Uma a que se apresentava à czarina como ¿padre Gregório¿, o ¿homem de Deus¿ e a outra, a que tomava intermináveis bebedeiras e participava de orgias, que incluíam até mulheres de altos funcionários da corte, bem como prostitutas. A Okrana, a polícia secreta czarista, tinha um relatório completo e detalhado sobre as atividades licenciosas de Rasputin, bem como seu tráfico de influência. Ele mandava cartões para ministros e outros dignitários a fim de favorecer pessoas que lhe vinham pedir cargos e benefícios. Dizia ter domínio completo sobre o czar e a czarina. Os ministros e o Primeiro-Ministro foram protestar junto ao czar. Apresentaram-se os relatórios da Okrana. O czar prometeu dar uma resposta logo, mas a czarina impediu-o de agir, alegando que eram mentiras, perseguição contra Rasputin. Se ele fosse exilado, que seria de seu filho? Quem iria salvá-lo? O czar, que tinha imensa dificuldade em recusar qualquer coisa à czarina, acabou concordando em deixar Rasputin em paz. Uma vez ele não lhe deu ouvidos e mandou Rasputin de volta para a Sibéria.


Príncipe Felix

Havia, porém um grupo de nobres e políticos que não estavam de acordo com a atitude do czar em relação a Rasputin. Eles achavam, e nisso estavam cobertos de razão, que a presença daquele homem no palácio só podia trazer desgraça à casa imperial, à monarquia e, segundo eles, à própria Rússia. O príncipe Félix Yussupov, marido da sobrinha do czar, o Grão-duque Dimitri, primo do soberano, aquele a quem Olga amava, um deputado da Duma e mais outros dois cavalheiros resolveram dar cabo do mujique e armaram um plano. Yussupov fingiria dar uma pequena festa, uma ¿farra¿ e convidaria Rasputin, prometendo-lhe apresentar sua esposa Irina, que Rasputin ansiava conhecer. Acontece que Irina nem estava em São Petersburgo naquela época.Mas isso não tinha a menor importância, pois Félix não tinha a menor intenção de apresentar Irina ao mujique. Sua intenção era matá-lo.
Um dos cavalheiros era médico e colocou uma dose cavalar de cianureto nos bolos e outras iguarias que seriam servidas naquela noite. Os convivas, príncipe Felix e Grão-duque Dimitri ficaram impressionados ao ver que, mesmo tendo ingerido uma quantidade enorme de veneno, Rasputin não caíra morto. O médico que preparara o veneno estava boquiaberto diante do que estava acontecendo. Felix saiu então do aposento, pegou o revólver e disparou contra Rasputin ,que caiu, aparentemente morto. Foram então todos apanhar sacos e cordas para amarrar o cadáver. Quando voltaram, o morto tinha sumido. Ficaram horrorizados. Foram achar Rasputin no pátio do palácio (eles estavam num aposento no sub-solo). Mesmo envenenado e mortalmente ferido, o mujique ainda tivera forças para arrrastar-se até a entrada do edifício. No fim, Rasputin foi amarrado e jogado no rio Neva (rio que banha São Petersburgo). Causa da morte verificada no laudo policial:afogamento.

A Maldição...
Logo depois de sua morte, foi encontrada uma carta de Rasputin ao czar, avisando-o de que ele sentia que iria morrer. Caso fosse morto por pessoas comuns, nada aconteceria aos Romanov. Porém, se fosse morto por algum membro da família, o czar e sua família não sobreviveriam. Profecia? Coincidência? 


A morte dos Romanov e a Lenda da Anastácia 


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Anastácia
Nos anos vinte, apareceu uma jovem com ferimentos na cabeça e no braço, que fora encontrada num asilo e que dizia ser Anastasia, a filha de Nicolau II, o último czar. Ela não tinha documentos e era conhecida como sra.Tchaikowski. Mais tarde deram-lhe documentos com o nome de Anna Anderson. No entanto, o nome Tchaikowski está ligado a uma longa e intrigante história. Segundo Anna, ela era a grã-duquesa Anastácia. Em 1918, vivia em Ekaterimburgo, na Sibéria, presa com sua família.

A execução...
Na noite de 17 de julho, a família Romanov, seus empregados (o cozinheiro Karitonov, o empregado particular do czar, a empregada da czarina e o médico da família, dr.Botkin) foram acordados no meio da noite. Pediram-lhes que se vestissem para tirarem umas fotos. Era preciso provar ao povo e às autoridades de Moscou que estavam vivos. Isso foi o que lhes disseram. Mas não era verdade. Levaram-nos para o porão da casa Ipatiev, onde estavam hospedados, e lá foram colocados numa sala vazia. Como não houvesse cadeiras, a czarina pediu uma. Foram providenciadas duas. Numa sentou-se a czarina e noutra o czar, tendo ao colo o czarevich Alexis, que não podia caminhar. De repente, a porta abriu-se e surgiu o comandante da casa Ipatiev, Yakov Yurovski, que leu para o czar uma sentença de morte. O czar pareceu não entender de imediato e balbuciou: "O quê?!" Ao mesmo tempo, vários homens que faziam parte do pelotão, dispararam contra o grupo. O czar e a czarina morreram na hora, mas as grã-duquesas traziam espartilhos cobertos de joias (guardadas cuidadosamente para sustentar a família no exílio) e as balas não as atingiram mortalmente. O grupo de homens armados começou a ficar nervoso, uns achando até que poderia haver algo de sobrenatural no fato. Então, como elas ainda vivessem, enquanto os outros já estavam mortos, acabaram de matá-las usando as baionetas. No entanto, ao colocá-las no caminhão que iria levar os corpos para uma mina escondida na floresta, um dos homens, um sujeito chamado Tchaikowski, descobriu que uma das meninas estava viva e teve pena. Resolveu, então, salvá-la. Surrupiou a jovem do meio daquela pilha de corpos amontoados dentro do caminhão. Se levarmos em conta que havia muito nervosismo e tensão acontecendo numa noite escura, não seria difícil dar sumiço num corpo.


Porão onde os Romanov foram assassinados.

Segundo Anna, ela desapareceu naquela noite, salvando-se do massacre. Tchaikowski levou-a para casa de pessoas amigas suas e depois para sua própria casa. No meio do desenrolar da história ele a estuprou e Anna teve um filho, que foi deixado num orfanato, quando ela foi para a Alemanha, a fim de procurar seus parentes exilados pela revolução. Pelas descrições feitas por inúmeras pessoas que tiveram contato com Anna/Anastasia, a jovem deve Ter ficado perturbada mentalmente pelo trauma sofrido, sem contar com os inúmeros ferimentos, (os mais graves na cabeça e no braço) agravados por uma tuberculose que ela veio a adquirir, talvez devido às privações porque passou.


Quando foi descoberta por russos monarquistas exilados na Alemanha, Anna estava muito doente e muita gente se dispôs a ajudá-la. É difícil saber, nesta história, quem agiu por puro idealismo,por desejo de justiça. A maioria ajudou a jovem por interesse. Alguns membros da família imperial chegaram a reconhecê-la como Anastasia, mas depois desmentiram o fato, o mesmo aconteceu com professores e serviçais. Somente poucos sustentaram até o fim suas opiniões iniciais. Algumas, como o antigo professor dos filhos do czar, Pirre Gilliard, escreveu um livro chamado "A falsa Anasatasia", no que tentava desmascarar completamente Anna Anderson/Anastasia Romanov. Até hoje não se sabe, e será quase impossível saber com certeza, se Anna Anderson era ou não a filha do czar, mas uma coisa é certa: como ela podia saber de fatos secretos que somente membros da família imperial ou altos funcionários da corte poderiam ter conhecimento? O que Anna Anderson sabia era muito mais do que uma pessoa comum poderia saber sobre a família imperial, inclusive segredos de estado. Isso é, sem dúvida, um mistério. Por exemplo:a czarina, mãe de Anastasia, era alemã. Durante a primeira guerra mundial, o fato não foi esquecido na Rússia. A propaganda revolucionária a chamava de espiã alemã, o que não era absolutamente verdade. A czarina era completamente fiel ao czar e à Russia. Durante a guerra, o irmão da czarina, O grão-duque Ernst de Darmstadt, foi à Rússia tentar uma paz em separado da Alemanha com a Rússia. Esta foi uma viagem secreta, que só os serviços secretos dos dois países e seus altos dignitários tiveram conhecimento. Nos anos vinte e trinta, com o fim da guerra e a mudança da política, seria inadmissível que qualquer membro da nobreza, político ou mesmo um alemão comum confessasse que estivera na Rússia durante a guerra. Quem o fizesse seria acusado de traição. No entanto, na maior inocência, ao ser mostrada a Anna uma foto do duque Ernst, ela não só o reconheceu como também afirmou tê-lo visto no palácio imperial numa visita durante a guerra. O duque ficou furioso, negou tal afirmação e também recusou-se a reconhecer Anna como Anastasia, alegando que os filhos de sua irmã estavam mortos e que Anna era uma impostora. O duque estava salvando seu pescoço e sua reputação, pois não podia admitir publicamente que estivera na Rússia durante a guerra. Aquela aparente sobrinha Anastasia estava lhe saindo um verdadeiro pesadelo. Que seria se alguém acreditasse nela? No entanto, Anna Anderson passou a vida afirmando ser Anastasia. Há alguns anos, foi feito um exame de DNA com seus cabelos, que estavam num livro de seu marido americano Mr.Manahan, também falecido, e afirmou-se que Anna não era Anastácia. Mas... será mesmo? Nenhum exame é cem por cento certo e quem garante que os cabelos eram mesmo de Anna? Afinal, nunca se saberá realmente. Pode ser que ela não fosse mesmo a grã-duquesa Anastasia. Mas se não era ela, como se explica tantos conhecimentos que só poderiam ser de pessoas ligadas à familia Romanov ou dos próprios Romanovs? Enfim, é um mistério que talvez nunca será desvendado...


Ana Anderson em 1926 e Anastásia em 1917

Os Romanovs foram assassinados no porão da casa Ipatiev, na madrugada de 17 de julho de 1918. Os corpos foram desfigurados com ácido e jogados numa mina. Com eles, foram também enterrados o cozinheiro Kharitonov, o empregado pessoal do czar, Sr. Trupp, a empregada da czarina, Sra. Damidova e o médico da família, Dr. Botkin. Durante oitenta anos os corpos ficaram enterrados todos juntos, empilhados, numa cova comum. Os ossos foram danificados, não só pelos golpes de baioneta no momento do crime, como também pela umidade do solo siberiano e pelo ácido utilizado para desfigurá-los. Quando os corpos foram desenterrados definitivamente em 1991 para serem identificados, houve uma grande controvérsia sobre suas identidades, apesar de toda a tecnologia utilizada. A discussão continua, apesar do funeral da família ter acontecido (os empregados foram enterrados junto com os patrões) em 1998 na Fortaleza de São Pedro e São Paulo, em São Petersburgo.
Houve exaustivos exames dos restos mortais que estavam disponíveis. Dois corpos estavam faltando: o de Alexei e o de uma das meninas. Qual delas? A versão oficial, durante o funeral que foi transmitido para todo o mundo pela televisão, foi a de que o corpo da jovem que faltava era o da Grã-Duquesa Marie. Mas há discussões sobre isso. Neste capítulo, conto um pouco dos resultados dos exames feitos, dos esforços dos especialistas e das dúvidas que devem perturbar muita gente.
Havia, então, somente nove corpos. O comandante da casa Ipatiev, Yakov Yurovsky, deixou sua versão para a falta dos dois corpos: eles foram queimados perto da mina onde os outros tinham sido enterrados. Esta versão é muito suspeita. Por que queimar dois corpos separadamente e enterrar os outros nove? Não fazia sentido.
Para estudar os nove esqueletos encontrados, duas equipes se juntaram na tarefa: uma americana e outra russa.
Os esqueletos foram numerados de 1 a 9 e ambas as equipes concordaram logo sobre o seguinte: que o esqueleto n°1 era o da empregada da czarina, Ana Demidova; que o n°2 era do dr. Dotkin; o n°4 o do czar Nicholas; o n°7 da czarina Alexandra; o n°8 o do cozinheiro Kharitonov; e o n°9 do sr. Trupp, o valete do czar.
Como isso foi feito é muito complicado explicar, mas através dos estudos dos ossos, da arcada dentária e dos testes de DNA. Por exemplo, o esqueleto do czar foi reconhecido pela altura e idade na época da morte e também por causa de deformações causadas por contínua prática do hipismo. O czar realmente passava muitas horas na sela. Já, por exemplo, o sr. Trupp, seu camareiro, foi reconhecido por ser o homem mais velho do grupo, o que é detectado pela situação dos ossos. Ele tinha 61 anos quando morreu.
No entanto, no que diz respeito às grã ¿ duquesas, a coisa foi muito diferente. As equipes apontaram o esqueleto n°3 como sendo o de Olga, que era a mais velha e a única que tinha a ossatura total desenvolvida, já como adulta. As outras duas geraram controvérsias. A equipe russa apontou o n°5 como Anastasia, mas o dr. Maples, da equipe americana, não aceitou a conclusão alegando que o esqueleto era de uma garota alta demais para ser Anastácia.




De fato, ambos os esqueletos restantes eram de jovens altas demais para serem a jovem grãn - duquesa. Anastasia, como se comprova nas fotos em que aparece junto com a família, era muito menor do que suas irmãs. Tatiana era a mais alta, mas Maria era quase tão alta quanto ela, sendo pouca a diferença, o que poderia confundir os cientistas. Mesmo Olga, que era a mais baixa das três, não fazia tamanha diferença quanto Anastácia. Esta sim, era de estatura bem menor, o que não deixa de ser difícil
de aceitar que seja ela o esqueleto n°5. Este poderia ser o de Maria.
Este mistério foi um grande escândalo na Russia e por muito tempo era proibido tocar no assunto. Hoje a lenda de Anastácia é uma das mais famosas e populares do país.
E depois de todo esse mistério, eis a pergunta que não quer calar : 


Anastácia morreu ou não morreu? 

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Confesso a vocês que acredito sim que Anna Anderson era a Anastasia Romanov, mais nada se comprova, aonde foi parar seu filho então ? Acharam o corpo adulto de uma jovem que viria a ter muitas semelhanças com os corpos das Grã-duquezas irmãs de Anastasia em 2008 .
Espero que todos tenham gostado assim como eu desse grande misterio que pelo geito, nunca será desvendado .
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