Quem sou eu?

Danka Maia é Escritora, Professora, mora no Rio de Janeiro e tem mais de vinte e cinco obras. Adora ler, e entende a escrita como a forma que o Destino lhe deu para se expressar. Ama sua família, amigos e animais. “Quando quero fugir escrevo, quando quero ser encontrada oro”.

POR QUE SENTIMOS MEDO?


POR QUE SENTIMOS MEDO?



Ele aparece quando a gente menos espera. Pode ser por causa de um barulho, uma sombra ou até uma cena de um filme. Tanto faz: todo mundo sente medo. E isso é bom!
Essa reação do organismo serve como proteção e, se não existisse, você correria vários riscos. Segundo estudiosos, o medo foi essencial para a sobrevivência e o desenvolvimento cada vez maior da espécie humana.
Com medo de bichos ferozes, por exemplo, os homens passaram a se proteger em cavernas e a evitar sair durante a noite.

Esse e alguns outros medos foram transmitidos de uma geração para outra, até hoje. Tanto que acredita-se que muita gente tenha medo do escuro por causa dessa herança de milhões de anos.
Temos outros medos que aprendemos a partir de nossas experiências. Assim, quem foi mordido por um cachorro pode passar a ter medo do animal. E até quem nunca passou por isso talvez se assuste com o bicho sem motivo aparente, só por ter aprendido com alguém que ele representa perigo.


INSTINTO
Se não tivéssemos medo, não teríamos nenhum receio de carros em alta velocidade, de animais venenosos e de doenças contagiosas. Tanto nos seres humanos como nos animais, o medo tem por objetivo promover a sobrevivência. Com o decorrer do tempo, as pessoas que sentiram medo, tiveram mais pressão evolutiva favorável. 
Durante a polêmica que existia no século XIX a respeito da evolução, a "face do medo" (a expressão de olhos arregalados e boca aberta que costuma acompanhar o medo extremo) se tornou motivo de discussão. Por que as pessoas fazem essa expressão quando estão aterrorizadas?
Alguns diziam que Deus deu a todas as pessoas uma maneira para que outras soubessem que estavam com medo caso não falassem a mesma língua. Charles Darwin, por outro lado, disse que isso era o resultado de um enrijecimento instintivo dos músculos disparado por uma resposta desenvolvida para o medo e, para provar isso, foi à seção de répteis do zoológico de Londres. Tentando permanecer totalmente calmo, aproximou-se o máximo possível do vidro enquanto uma víbora disparava em sua direção do outro lado. Em todas as tentativas, ele fez aquela cara e pulou para trás. Em seu diário, ele escreveu: "minha força de vontade e razão estavam impotentes contra a imaginação de um perigo pelo qual jamais havia passado". A conclusão a que chegou foi a de que toda a reação ao medo é um instinto antigo intocado pelas nuanças da civilização moderna

A maioria de nós não precisa mais lutar (ou correr) por nossas vidas na selva, mas o medo está longe de ser desaparecer, pois continua servindo ao mesmo propósito que servia na época em que se encontrava com um leão enquanto se trazia água do rio. A diferença é que agora carregamos carteiras e andamos pelas ruas da cidade. A decisão de usar ou não aquele atalho deserto à meia-noite é baseada em um medo racional que promove a sobrevivência. Na verdade, o que mudou foram só os estímulos, já que corremos o mesmo risco que corríamos há centenas de anos e nosso medo ainda serve para nos proteger da mesma forma que nos protegia antes.

A maioria de nós jamais esteve perto da peste bubônica (epidemia que atacou a Europa na época medieval), mas nosso coração pára ao vermos um rato. Para o ser humano, além do instinto, também há outros fatores envolvidos no medo. O ser humano pode ter o dom da antecipação, o que nos faz imaginar coisas terríveis que poderiam acontecer: coisas sobre as quais ouvimos, lemos ou vimos na TV. A maioria de nós nunca vivenciou um acidente de avião, mas isso não nos impede de sentar em um avião e agarrar firme nos apoios dos braços. A antecipação de um estímulo de medo pode provocar a mesma reação que teríamos se vivêssemos a situação real e isso também é um benefício obtido com a evolução.

Condicionamento
O circuito da reação de medo pode ter sido afinado pela evolução, mas também há um outro aspecto do medo: condicionamento. O condicionamento é o motivo pelo qual algumas pessoas temem cachorros, ao passo que outras os consideram praticamente um membro da família.
O temor que uma pessoa sente de cachorros provavelmente se deve a uma resposta condicionada. Quem sabe se essa pessoa não foi mordida por um cachorro quando tinha três anos de idade e, muitos anos depois, o cérebro dela (a amígdala, em especial) ainda associa a visão de um cachorro com a dor da mordida?


Medo e excitação

Se você gosta de filmes de terror, já sabe que o medo pode ser excitante. Muitas pessoas gostam de sentir medo. E a excitação da reação de luta ou fuga pode ser prazerosa e até imitar a excitação sexual, o que faz que não seja nenhuma surpresa o fato de pessoas quererem ver filmes de terror e andar de montanha-russa em encontros românticos.
Existem evidências científicas que apoiam a conexão entre o medo e a excitação. O psicólogo Arthur Aron conduziu um estudo usando o tão comum medo de altura. Ele fez que um grupo de homens andasse por uma ponte instável de 140 m suspensa a uma altura de 70 m, ao passo que outro grupo teve de andar sobre uma ponte idêntica, mas perfeitamente estável. No final de cada ponte, os homens encontravam a estonteante assistente de Aron, que fazia a cada participante um conjunto de perguntas relacionadas a um estudo imaginário e lhes dava o número de telefone dela caso quisessem obter mais informações. Dos 33 homens que cruzaram a ponte estável, dois ligaram para a assistente. Agora, dos 33 homens que andaram sobre a ponte instável, nove ligaram. A conclusão de Aron foi que o estado de medo estimula a atração sexual.

Fobias


Uma fobia é um temor intenso e persistente que não se baseia em nenhum sentido racional de perigo iminente e impede que o portador participe de atividades que possam desencadeá-la. Existem três tipos principais de fobias:
Agorafobia: medo de lugares difíceis de se escapar ou onde a ajuda pode não estar prontamente disponível caso algo de ruim aconteça.
Fobia social: medo de encontros com outras pessoas.
Fobias específicas: medo de uma coisa ou situação específica, como cobras, falar em público, altura ou sangue.


É preciso enfrentar

“O primeiro passo para tratar a fobia é não ter medo de assumi-la”, conta Monezi. É que o preconceito ronda o problema. Mas ninguém pode virar refém de seus temores. Quando o terror impede de sair à noite pelo medo da violência urbana é sinal de que algo está errado. Sessões de psicoterapia são o melhor remédio para acabar com o mal. A meditação costuma ajudar.


Medo de gente

São raras as pessoas que se soltam logo de cara ao falar em público. É natural gaguejar, sentir um frio na barriga e certo nervosismo, porém, depois de alguns minutos, essa timidez toda costuma desaparecer. Já aqueles que têm fobia social podem até desmaiar perante uma plateia ou ter diarreia durante uma reunião. Infelizmente, há pacientes que após passarem por episódios ruins se isolam e correm o risco de ter depressão.


Você sabia?

Diante do perigo, nosso cérebro dispara ordens e provoca uma descarga extra de adrenalina e outras substâncias que provocam taquicardia, suor em excesso, boca seca e tremores.


As fobias mais comuns:

- Acrofobia: altura

- Agorafobia: locais cheios

- Aracnofobia: aranhas

- Catsaridafobia: baratas

- Claustrofobia: lugares fechados

- Glossofobia: falar em público

- Hematofobia: sangue

- Hidrofobia: água

- Nictofobia: noite ou escuro


E os pavores bizarros:

- Ablutofobia: banho

- Alectorofobia: galinhas

- Androfobia: homem

- Automatonofobia: bonecos de ventríloquos

- Catagelofobia: passar ridículo

- Coulrofobia: palhaços

- Eclesiofobia: igreja

- Pogonofobia: barbas




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