Quem sou eu?

Danka Maia é Escritora, Professora, mora no Rio de Janeiro e tem mais de vinte e cinco obras. Adora ler, e entende a escrita como a forma que o Destino lhe deu para se expressar. Ama sua família, amigos e animais. “Quando quero fugir escrevo, quando quero ser encontrada oro”.

O conto do castelo assombrado - Parte I

        Os passos se apertavam era como se cavalos me seguissem. O vento gritava no meu ouvido, eu e ele nos comunicávamos. Estava sozinho e ao mesmo tempo acompanhado, pressentia algo muito terrível naquela noite. 
      Ao fundo era como se o bosque cantasse uma ópera demoníaca. A própria escuridão eram os sopranos. Nem os insetos que faziam viva as noites eram ouvidos, tudo clamava pelo fim. Sentia cada vez mais que meu martírio tinha apenas começado. 
        O que estava fazendo ali, sozinho dentro de um castelo horripilante ao som de bosques e escuridão, estava com medo, mas não tinha nem tempo de pensar no que sentia, a desolação tinha conseguido consumir todos os meus sentimentos. 
         Deveras o universo me pregara uma peça, me fazer sofrer todos os meus medos de uma única vez, não sabia até quando poderia aguentar. Só o badalá do relógio da torre central me acamava, sabia que logo de manhã o Conde estaria de volta. 
          Durante um dos pensamentos perdidos que estava tento ressoou em todo castelo as batidas frenéticas que se davam na porta.  Ossos ranhavam a porta com tanta força que deixaram no portal feito de cedro encantado todas as marcas de horror daquela noite. 
          Não fazia a menor ideia se abria ou não a porta, quem poderia estar a minha espera, que alma mais atormentada apareceria naquele castelo em horas tão avançados, decerto se tratava no minimo de um louco. 
           Em um momento de loucura tomei coragem e decidir iria a porta, mas não desacompanhado, armei-me da melhor espada do reino, uma espada com fio de ouro que seria, dizem as lendas, capaz de corta até mesmo espíritos que não mais pertenciam as terras dos vivos. 
           Sai do quarto onde repousava, ou tentava fazê-lo e dirigir-me com toda a coragem do mundo àquele portal, rezando que os deuses pudessem me proteger, ou no mínimo que fosse rápido e indolor o fim que provavelmente o teria. 
            As vozes do bosque gritavam com mais e mais sentimento de dor, não sabia mais como abrir aquele portal sendo assombrado pelas vozes enlouquecidas das árvores que percebiam o medo que nem mesmo eu percebera que possuía. 
         Com muita coragem consegui abrir a porta, mas algo terrível aconteceu, um cheiro de morte e violência incendiou todo o local, o corpo do Conde fora lançado violentamente sobre o meu e seu sangue vermelho como só possui a nobreza começou a escorrer pela sua armadura e repousar na minha pele. 
              Junto ao corpo veio uma mensagem "O leão voltou".

.
             
            
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Um comentário:

  1. Gostei do frenesi,do tom de suspense e da soturna mensagem.O devemos esperar? Beijocas Josué Jô!

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