Olá
Galera Machine! Olá minhas Ciganas!
Hoje eu
quero dividir um pouquinho do que já aprendi nesse vasto mundo literário. Vamos
lá?
Pois
é... Quem diria que a célebre frase da madrasta da Branca de Neve se aplicaria
tão bem no que vamos falar aqui hoje.
A profissão
de escritor é cercada de muitos mitos, isto, claro, no meu entendimento. O que
é uma verdade para mim, pode não ser para você e assim caminha a humanidade.
Porém, o que tenho notado nestes últimos cinco anos onde assumi
profissionalmente a carreira literária são duas realidades bem diferentes, mas
ambas marcantes.
Explico.
A primeira realidade: Como as pessoas te enxergam.
Quando você conta para família e amigos, ou
você recebe muito apoio ou fica aquele climão de um olhando para o outro sem
saber o que dizer ou quando pior, tentando segurar uma baita gargalhada para
não soltar na sua cara. Quem está perto, mesmo que apoiando ou não, custa
acreditar em você. Pode não confessar, mas as pessoas falam muito mais com suas
atitudes do que com a boca sobre suas perspectivas sobre nós. Basta observar.
Quando
a sociedade sabe que você escreve ou se assume como escritor, vem à segunda
fase da primeira realidade: Glamour!
“Nossa
você escreve?”. “Uau! Que máximo!”. “Que
chique, vai ficar rico!”.
Hello! Vamos voltar para Terra? O estereótipo de
que o escritor é um mega intelectual, criatura noturna que vive de pura
inspiração, uma pessoa que vai contra um sistema ou que ama com a alma purgando
pelos poros no lugar do suor, um ser melancólico, utópico, ou seja, quase um
alienígena materializado entre os meros mortais não passa de um devaneio no
olhar do outro, e mais, isso é um perigo e uma inverdade.
Parece que
tem que ser assim para ser escritor. Claro, eu mesmo tenho o hábito de criatura
da noite. (Risos). Mas estamos longe desse glamour que aos olhos dos outros
foram criados devido uma época onde os escritores de fato assumiram em razão ao
seu momento histórico, as veias da revolução usando suas palavras para expor o
seu modo de ver, de alertar a sociedade, e vale lembrar de que foram muito
perseguidos por assumirem esse papel.
Mas
espera aí! Qual é o nosso momento hoje?
O
escritor na nossa era, paga contas, precisa se manter, estudar, cuidar de sua
família, buscar seus objetivos sejam pessoais ou profissionais. E a verdade é
que a geladeira do escritor é igual a qualquer outra. Se não tiver o que
colocar, passa a ser usada como piscina. Essa é a nossa realidade. Eu estou
falando que o escritor deixou de cumprir, ao meu modo de ver, o seu papel na
sociedade como um formador de opinião? Não. Não deixou. Aliás, esse quesito
deveria até ser mais assumido novamente. Penso que ele ande meio esquecido.
Portanto,
entenda uma coisa: Ser talentoso não basta. Há um leque de fatores a nossa
volta que precisam ser estudados, analisados para que tenhamos êxito ao
abraça-los no caminhar dessa árdua profissão. Sabe, eu também sou professora
como citei no começo do texto, e para mim a literatura assim como docência, não
é nem bem uma profissão, é um sacerdócio. Você nasce para isso ou não. Simples
assim. Então se você acredita que nasceu com essa vocação, apenas siga de
cabeça erguida.
Segunda realidade:
O ego.
É muito comum, infelizmente, no meio literário, ver colegas que iniciam sem
saber nada, e dão a sorte de acontecerem. Por que digo sorte? Porque uma
carreira literária sólida leva anos para ser construída de verdade. Sou
sincera, não tem uma semana que eu não pense em desistir diante dos obstáculos
que são muito resistentes. Mas eu carrego no meu peito o verbo escrever no
lugar do existir. Então eu me desfaço me refaço e prossigo. Eu sei onde quero
chegar.
Então é
banal se deparar com egos inflados de que eu sou mais talentoso do que fulano.
De ver bater nas costas e soltar amores nos perfis das redes sociais e por trás
descem a lenha. Denigrem a imagem um do outro como se isso fosse elevar a sua.
Ai! É tanta hipocrisia misturada com mediocridade que dá até preguiça.
Danka, o que você quer dizer com isso?
Simples. Eu quero falar que haja o que houver mantenha seus pés no chão, os
amigos verdadeiros no coração e no caminho por onde seus pés passarem deixem
pétalas de rosas e não espinhos. O olhar não vira a esquina, nunca sabemos se
voltaremos descalços. Humildade é a mola que gere a carreira de um escritor.
Sempre se questione onde está o seu ego. Nunca se esqueça dessa frase que
carrego comigo do Diogo Vieira Protti: “Quem
tem mais ego do que personalidade, também tem mais imagem do que essência”.
Finalizo
antes que eu seja posta para fora do blog, que o talento nasce, mas o sucesso
vem com persistência, estudo, dedicação, cabeça erguida e sangue nos olhos. Uma
vontade louca e absurda de sempre fazer melhor. Quando dentro de você esses
sinais explodirem ao longo do caminho, jogue o espelho fora. Você não necessita
dele para saber o quanto é talentoso, você só precisa de si mesmo. O único
inimigo do seu sucesso chama-se: Você.
Vai lá,
estuda se entregue e escreve. Vai porque o mundo é teu!
Danka
Maia
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