Para
quem caiu de paraquedas aqui no meu blog deixe-me fazer as honras da casa
(risos). Meu nome é Danka Maia, sou carioca, Escritora e Professora. Tenho
vinte e cinco livros publicados de modo independente. Mas já faz seis anos que
me joguei de corpo e alma na carreira literária.
A
grande pergunta/sonho/vontade de um escritor é poder viver daquilo que ele
escreve. O que não é nada anormal. Um médico quer viver da medicina. Um
professor de sua vida como docente, a moça da feira de artesanatos quer viver
da sua arte e por aí vamos.
Agora por que será que viver de inventar que
literalmente é o que significa a intenção de um escritor é quase uma missão
impossível no Brasil atualmente? Quais são as razões que estão no meio deste
percurso capazes de minar essa vontade tão comum, não é verdade?
Bom
galera, na minha modesta visão os fatores não são muitos, mas são enormes.
Quero
começar partindo do princípio que se você como eu conjuga no seu coração o verbo
ESCREVER no lugar do EXISTIR. Encontrou
na literatura o seu lugarzinho no mundo onde deseja deixar a sua marca. Você já
escreve ou escreveu poesias, contos, crônicas, como eu que comecei também assim.
E agora você amadureceu. Desabrochou como é o natural de quem se empenha em
algo. Ah! Deixa-me abrir um parêntese
aqui só para citar uma coisinha: Escrever está muito mais relacionado à
disciplina, estudo e persistência do que a inspiração viu? A inspiração é um
fator contribuinte? Sim. Mas não é determinante. A inspiração está em tudo que
nos cerca. É uma questão lógica, quanto mais você estuda, mantém uma disciplina
em escrever pelo menos quinze linhas diárias e foco como em qualquer área da
sua vida, é evidente que você só tende a cada vez mais se tornar melhor no que
faz. Não é mágica. Não tem glamour.
Então
voltando ao raciocínio inicial. Você tem uma história! Olha que maravilha! Seu livro está pronto,
seu filho do coração que você tanto ama, até morre por ele. Mas aqui está o primeiro problema. A primeira
dica que eu te dou: Um livro só é filho para nós que o escrevemos. Porém se
você quiser adentrar no mundo literário tem que aprender a ver o seu livro como
um produto.
Nossa
Danka! Partiu meu coração agora. Sim, parte, eu sei, o meu foi partido também,
no entanto esse olhar visionário ajudará e muito na sua caminhada a compreender
o que o mercado deseja. O que seus leitores querem e o que você tem para
oferecer.
Segunda dica: Durante muito tempo eu acreditei nisso viu,
e por isso estou dividindo com você agora porque não quero que você sofra o que
eu sofri. O livro em si não é uma obra aberta como uma novela, por exemplo,
onde o autor se baseia em pesquisas e dependendo da reação do público ele muda
algumas coisas para readequar a trama ao gosto da maioria. Contudo, no Brasil,
existe essa mentalidade, acredito eu que seja até em virtude das telenovelas
que são um poderoso produto áudio visual em nosso país, os leitores tendem a
acreditar que a sua história precisa ser como eles querem. E aí vem o pulo do
gato: Eles estão certos!
O que eu quero dizer com isso. Que você
precisa ter total consciência do que o público para o qual você escreve ou
deseja escrever espera, anseia da sua trama.
De que você carece ter o domínio
para mover os motores que esse público acredita. E como se consegue isso?
Estudando muito! Estudando técnicas literárias, estudando um pouco de psicanálise,
(os doze arquétipos de Jung são bárbaros na formação de personagens!),
observando o mundo e as pessoas a sua volta.
Um escritor não para de trabalhar
quando fecha seu notebook, celular e afins. A cabeça dele permanece em
sincronia com suas histórias. Então observação e pesquisa sempre! Seu leitor
necessita encontrar em sua trama três palavras mágicas: Empatia, simpatia e
antipatia. Guardem bem essas três palavras e o significado delas em seu enredo.
Terceira dica: Não existe receita pronta para um livro Best
Sellers. Ascensão meteórica nessa
carreira pode eventualmente acontecer, mas não é a regra e sim a exceção. O que
eu quero dizer com isso? Para ser escritor tem que ser muito persistente. É um
caminho a longo prazo. De tijolinhos sendo cuidadosamente colocados dia após dia
com todo amor, carinho e muita, muita dedicação. Portanto, não tenha pressa.
Quarta e última dica porque eu me empolgo e falo/escrevo demais (Risos). Demora muito ganhar algum dinheiro com seus livros.
É muito difícil vender livros em nosso país, porque é triste, mas é verdade,
aqui se valoriza mais uma bola no pé do que um livro na mão. Portanto, trabalhe
em seu livro com o maior zelo que puder. Invista, estude se não puder pagar,
porque a maioria não pode, aprenda a diagramar, fazer capas mais básicas,
revise o que escreve. Tente entregar um produto digno ao mercado e o leitor
virá. O leitor gosta de sentir esse carinho nos detalhes do livro. Perceber ali
os cuidados para o entretenimento dele.
Não esqueça: Leitores são pessoas que param o seu mundo para lerem o
seu e ainda te agradecem por isso.
Bom,
vou indo, se deixar esse texto vira um livro. Maravilhoso estar aqui, obrigada
pela oportunidade.
Danka Maia
Conheça minhas histórias: Permita-se!
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