De tanto pedir, veio à boa notícia das ordens celestiais. Ele acordou com uma bela moça ao lado da cama, de cara soube que não era um ser terreno, o rosto dela falava claramente isso sem nenhum termo. O esticar da mão amiga, a mão direita aceitou sem titubear, soube que o momento de esclarecer suas dúvidas enfim abordara.
Chegaram num lugar de bela paisagem, os ruídos e alaridos vinham da mesma direção. Ela o deixou livre e o menino agitado correu e o ao se deparar com aquela cena seu semblante fechou-se por demais.
Era uma mesa enorme. Pessoas, pessoas e pessoas ali sentadas, todas em prantos e gritos. Em cima da mesa um banquete se perdia. Eram guloseimas, pratos de toda sorte de paladares e todos se estragavam assim, simplesmente. Incomodado olhou o Ser e indagou:
_Por que não comem?
Ela sorriu e respondeu:
_Olhe seus braços. - Que eram tortos, todavia especificamente com cotovelos para fora, assim não podiam comer e assim padeciam com fome pela eternidade. A moça completou:
_Este é o inferno Bahi.
O garoto ficou atônito. Ali? Assim? Como? E logo foram para o mesmo local.
_Mesmo lugar?- questionou o menino com certo desapontamento.
_Não. Olhe mais atentamente. -pediu o Ser.
E ele viu que o ambiente era o mesmo, mesma mesa abissal, mesmo banquete, pessoas com braços tortos, porém com belos sorrisos nos em seus cenhos.
_Por quê?- Bahi necessitava compreender. E o Ser apontou para a diferença. As pessoas não podiam pegar o próprio alimento, no entanto, podiam alimentar ao seu vizinho.
Bahi emocionou-se.
Ali estava não só a diferença, ali se explicava o céu.
Pois é leitor,nossas atitudes são que constroem ou destroem onde estamos,e criam em nossas vidas nossos céus ou nossos infernos.
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