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Como
todas as borboletas, começara por ser crisálida, frágil, envolta no seu casulo
protector, talvez desinteressante, achariam alguns.
Mas
descobriu que, se quisesse, podia transformar-se em borboleta.
E,
apesar das dúvidas que a assaltavam, deixou que as asas crescessem, deixou que
a côr as invadisse, e rasgou a película
que lhe tinha servido de casa por tanto tempo.
Gostou
da sensação nova, de voar, de cortar o vento, de escolher os caules onde
pousar, de procurar pólen, de se deixar estar nas flores do prado, desfrutando
de um pouco de sol.
Mas,
ao contrário de todas as outras borboletas, um dia voltou à pequena planta onde
pela primeira vez voou.
Enrolou-se
nas suas próprias asas, indiferente a como estavam mais coloridas, e tapou-se
com o que restava do velho casulo.
Não
sabe bem quanto tempo lá ficou. Talvez tenha sido apenas alguns dias. Ficou até
que uma outra borboleta ali passou. Ficou talvez com curiosidade sobre com
aquela estranha crisálida, creio que a reconheceu, bateu à porta, não obteve
resposta, está um dia lindo, disse, anda, sai, ainda há tanto para voar.
Sem
movimento de resposta, seguiu.
A
borboleta-crisálida espreitou para fora, viu o sol, o dia, o céu. Sim, queria sair, voar. Já descansara.
Isa Lisboa
Toda borboleta deveria ter um lugar só seu para descansar e depois voar novamente num lindo dia de sol.
ResponderExcluirUm abraço
Isa, muitas vezes precisamos que alguém de uma forma ou outra nos mostre a "claridade".
ResponderExcluirBjs. Gostei demais.
Verdade, Guaraciaba! Obrigada pela leitura!
ResponderExcluirUm abraço
E por vezes, essa pessoa somos nós próprias, Clau! :)
ResponderExcluirUm beijinho
Isa,amo borboletas! E adoraria ser uma delas...por isso busco meu lugar no mundo.beijocas!
ResponderExcluirDanka, mas você tem asas tão lindas já! ;)
ResponderExcluirBeijocas