Não posso abusar de seus gestos.
Ora contidos,ora tão manifestos.
Não posso falar de seus desejos,
Se não os vejo,
Nem mesmo na penumbra que estou.
Não posso carecer de você,
Nada me tem tão pouco.
Quantos teus braços.
Agora tão amarrados;
Pelo fel da dissabor.
Ah esse sombrio ar da graça,
Que faz e disfarça,
Dessa farsa que se tornou nós dois.
As memórias são tardias,
Mas estão vivas
Bem aqui em algum lugar.
Indago, por que não se foram?
Ah esse velho tambor que bate em meu peito.
Não tem jeito,
Insiste em você.
Diga para ele que a fogueira apagou,
que o vinho esvaneceu,
que não sou mais teu,
E que a hora enfim é chegada.
De tudo que levarei,
Foi do que não pude.
Não pude ser,
Não pude céu,
Não pude ter,
Não pude ter,
Não pude ao léo
Nem mesmo ser,
Nem mesmo ser,
O verbo do teu amor.
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