Ninguém se livra mesmo de se ver envolvido em lendas urbanas,
nem mesmo as grandes produções de Hollywood. Pois, conforme você vai
poder conferir a seguir, além de produzir muitos filmes de suspense e
terror, a indústria do cinema também foi — indiretamente — responsável pela “produção” de uma série de histórias sinistras. Veja:
1 – O suicídio em “O Mágico de Oz”

Existem algumas lendas urbanas relacionadas com o clássico “O Mágico
de Oz”, de 1939, como a de que existiria uma sincronia sinistra entre
várias cenas do filme com o álbum “The Dark Side of the Moon”, da banda
Pink Floyd, por exemplo. No entanto, outra história macabra envolvendo o
longa é a do suposto suicídio de um dos “munchkins” — pequenos
habitantes de Oz —, que seria visível enforcado em uma das sequências.
Confira:
A versão oficial dos
estúdios é a de que se trata de uma ave que aparece desfocada ao fundo,
já que algumas delas — de diversos tamanhos — teriam sido “emprestadas”
do Zoológico de Los Angeles durante as filmagens e soltas nos cenários.
Assim, o mais provável é que se trate de um emu, um pelicano ou um grou.
Outra explicação é de que a figura seria um assistente de palco
capturado por acidente pelas câmeras.
2 – A maldição de “Poltergeist”
Você deve se lembrar de “Poltergeist – O Fenômeno”, de 1982, não é
mesmo? Pois após a morte de vários membros do elenco durante o período
de aproximadamente seis anos — ou seja, entre os lançamentos dos três
filmes da franquia —, acabou entrando em circulação um rumor sobre uma
maldição envolvendo a produção.
No total, foram quatro
mortes: a de Heather O'Rourke, que interpretou Carol Anne, e morreu por
uma complicação provocada por uma falha intestinal congênita; a de
Dominique Dunne, que interpretou Donna, irmã de Carol Anne, e foi
assassinada pelo namorado; Will Sampson, que interpretou o índio, e
morreu de ataque cardíaco; e Julian Beck, o pastor sinistro, e Brian
Gibson, que dirigiu o segundo filme, que faleceram de câncer.
A história sobre a maldição só começou a circular mesmo depois da
morte de Heather, a menininha que interpretou Carol Anne, e o
falecimento dos outros membros do elenco só serviu para dar mais força à
lenda. No entanto, infelizmente tudo parece indicar que as mortes não
passaram de tristes fatalidades — que nada têm a ver com uma praga
cinematográfica.
3 – O fantasma de “Três Solteirões e um Bebê”
Você deve se lembrar de que uma cena desse filme — de 1987 — deu o
que falar, não é mesmo? Trata-se de uma sequência na qual é possível ver
claramente uma figura semiescondida atrás das cortinas, e muita gente
chegou a acreditar que ela correspondia ao fantasma de um menino.
Assista a seguir:
Pois esta acabou se
tornando uma das lendas urbanas mais famosas relacionadas com Hollywood
de todos os tempos. E mesmo depois de a equipe do filme ter explicado
incontáveis vezes que, na verdade, o que aparece na cena é um cartaz do
ator Ted Danson — que na época não aparecia muito definido por conta da
baixa qualidade dos filmes em VHS —, a história do fantasma perdura.
4 – A morte em “007 contra Goldfinger”
Considerado por muitos como um dos melhores filmes de James Bond,
“007 contra Goldfinger” também conta com uma lenda urbana relacionada
com sua produção. Nesse longa, o interesse romântico do espião é Jill
Masterson, e ela acaba sendo assassinada pelo vilão — e seu o corpo
coberto de tinta dourada é deixado como uma espécie de “recado” macabro
para Bond. Veja:
Pois essa cena que você
acabou de assistir logo deu origem ao rumor de que a atriz — Shirley
Eaton — que interpretou o personagem teria realmente falecido de asfixia
provocada por ter toda a pele coberta de tinta. No entanto, as pessoas
que acreditaram nesse boato se esqueceram de checar se a “Bond girl”
continuava viva ou não. Pois, apesar de ter se afastado da vida
artística para se dedicar à família, Shirley continua firme e forte por
aí.
5 – A confissão em “O Iluminado”
Outro filme que deu origem a uma série de lendas urbanas foi “O
Iluminado” de Stanley Kubrick, lançado em 1980. Entretanto, a mais
interessante delas é a de que o clássico seria uma espécie de confissão
do diretor sobre seu envolvimento na farsa sobre o sucesso da missão da
Apollo 11 em 1969 — produzindo o célebre filme que mostra Neil Armstrong
e Buzz Aldrin na Lua. Em outras palavras, se trata de uma maluquice
criada para justificar outra!
Segundo os rumores, após o lançamento de “2001: Uma Odisseia no
Espaço” em 1968, o governo norte-americano, impressionado com a visão do
diretor sobre a exploração espacial, teria abordado Kubrick para que
ele dirigisse um filme que seria exibido para enganar o mundo sobre a
chegada do homem à Lua. De acordo com a lenda, ao longo de “O
Iluminado”, Kubrick deixa uma porção de pistas que comprovam sua
participação na farsa. Assista a seguir:
Entre as pistas que
teriam sido inseridas no filme confessional estão o padrão do carpete e a
forma com os brinquedos são posicionados, formando a réplica de uma
base de lançamentos da NASA. Além disso, Danny também aparece usando uma
blusa com a imagem do foguete Apollo 11 (minuto 1:27), e isso não é
tudo: ele aparece se levantando, simbolizando o lançamento da nave, e se
dirige até um quarto com a porta aberta. O quarto 237.
Acontece que no livro de Stephen King — que deu origem ao filme —, o
número do quarto é 217. Para os defensores da lenda, Kubrick teria
mudado para 237 por que a distância média da Terra até a Lua seria de
237 mil milhas. Contudo, como até o início das missões da NASA a
distância máxima que um veículo tinha sido capaz de viajar ao espaço era
a de 385 milhas, isso comprovaria que o homem nunca pôs os pés no
satélite. Calma... não acabou!
Quando Danny sai do quarto com marcas em seu pescoço e a blusa com o
foguete rasgada, sua mãe quer saber o que aconteceu, mas o menino não
diz nada. Essa cena simbolizaria Kubrick sendo forçado a manter segredo
sobre sua participação na criação do mito de que a Apollo 11 pousou na
Lua. Nós avisamos que era uma maluquice!
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