Sim,
eu sei que nunca fui tua prioridade, nunca fui seu primeiro pensamento ou
talvez primeiro alguma coisa. Mas não havia problema, não queria ser o primeiro
alguém ou algo, só queria estar ali, perto de ti.
Mamãe me avisou sabe? Devo admitir, ela boa
com isso.Intuição será?
Contudo,
inda sim preferi a dúvida de estar ao seu lado do que a certeza de nunca fazer parte você.Com isto, jamais poderia
conviver.
Havia
outros, havia amores, que não quis alimentar porque o que me nutria era a sua
existência e a sua persistência de me fazer ver que jamais seria alguém para
você.
Posso
confessar que doeu? Acho que sim, agora onde você está isto não importa muito mesmo,
não é? Mas me permita falar algo mais? Era ai que eu gostaria de estar. Nessa
aparente e inofensiva solidão que teus olhos vislumbram, numa imensidão que deve
ser bela, no entanto queria que fosse vazia porque teus olhos jazem nela e em
mim mais uma vez não encontram.
Não
foi um ato de coragem,e sim de desespero.
Não
foi covardia,foi insanidade de uma alma que prefere ter no além do que aqui com
alguém tomando o meu lugar.
Não
foi justo,mas porque falar de justiça para uma alma ferida como a minha permanece?
Isto ninguém pensa, e isto ninguém merece.
Sentada
apreciando seu corpo inerte e sem seiva me sinto lixo, bicho, mas e daí? Não
foi isto que você sempre me chamou?
O
gosto do teu sangue é doce sabia?Melhor só a tua saliva, todavia está nunca
pude com verdade experimentar.Só roubei, e fui punida, foram horas contritas
que sua mão no meu rosto encontrava guarita,mas não de carinho e sim de penar.
Eu
tive medo meu amor!
Sei
que abrirão aquela porta, lerão meus direitos, falarão coisas que não posso entender,
porém mesmo nesse momento,saiba,eu vou estar pensando e olhando somente para
você.
Na vida e na morte, entretanto a segunda foi a
tua sorte porque de mim tua alma livre está. Sou eu quem ficará na vida, supondo
que me querias se não te invadisse com a faca que debaixo do sofá jaz.
É
demais...
Sabe,
as pessoas vão me julgar, vão supor, expor,descrever,narrar, jamais vão é de
verdade compreender a natureza desse meu sentimento por você.
É
fácil chamar de doença o que não corroí o teu corpo e sim o do outro que você
se quer cumprimenta.
É
fácil apontar as falhas de caráter e reputação do meu ato. Mas dos teus agravos
em meu corpo? Ah... destes jamais vão falar.
Eu
tive medo.
E
antes de ir sem ti,a não ser aqui neste músculo rochoso que faz meu sangue ruim
palpitar,não poderei ver de pé a tua presença que perdi e para onde vou,jamais
irei encontrar.
Adeus.
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