

À primeira vista, ele é muito educado, gentil; e, em geral, considerado um gentleman.
Tem muita facilidade em conquistar a mulher por quem está interessado,
pois age de maneira extremamente amorosa, o que o torna quase
irresistível.
Sua
atitude demonstra um apaixonamento e uma dedicação tão intensos que,
com o decorrer do tempo, fica cada vez mais difícil para a mulher
estabelecer limites seguros e ser capaz de atribuir-lhe quaisquer
responsabilidades na eventual geração de conflitos ou turbulências no
relacionamento.

Esse
controle do misógino vai avançando de tal maneira que chega a alcançar
as áreas financeira e íntima, prejudicando a sexualidade do casal. Ainda
que a mulher faça tudo para evitar desentendimentos, ele acaba sempre
convencendo-a de que ela sempre está errada. Com o tempo,
ela passa a medir cada palavra que pronuncia, uma vez que, confusa e
cada vez mais perplexa, teme que tudo “desmorone” de uma hora para
outra. À essa altura, ela já está irreconhecível e a sua auto-estima se
encontra totalmente minada. Torna-se
difícil tomar qualquer atitude, uma vez que o homem utiliza argumentos
que lhe soam tão lógicos para o bem da relação, que ela passa a
chafurdar-se num mar de lodo emocional.
A
única coisa que ele deseja é sentir que ela lhe dê mostras de seu amor
incondicional por ele, através de muita compreensão e do atendimento de
suas mínimas necessidades, sem demonstrar qualquer tipo de
aborrecimento. Algumas vezes, ele estoura e, em seguida se arrepende,
voltando a ser o homem maravilhoso do princípio...até que novo estouro
aconteça. Vale ressaltar que, a despeito dessa descrição
avassaladora da atitude de um misógino, ele está totalmente inconsciente
dela e sequer tem noção da dor que sua atitude produz no outro. Seu
comportamento é, na verdade, um subproduto de sua história de vida na
família de origem, que lhe causou um sofrimento psicológico, o qual não
pôde ser evitado. Geralmente, ele é oriundo de um
relacionamento conturbado entre seus pais, com o qual aprendeu que
oprimir a mulher é a única maneira de controlá-la.
Como adulto, ele “atualiza” a
vivência sofrida no passado, buscando desesperadamente ser amado, ainda
que de uma maneira totalmente deturpada. Pode ter acontecido que este
homem passou por mais de uma relação amorosa na qual ele foi alvo de
situações humilhantes e constrangedoras, vindas de suas ex-amadas. Essas
situações do passado podem salientar ainda mais o problema.
A solução para esse problema é um dos dois sair do círculo vicioso e começar a agir de uma maneira nova. Geralmente, quando isso acontece, existem três possibilidades:
1. A mulher mantém-se submissa, para conservar consigo o seu homem.
2. Ela prefere separar-se dele.
3. Ela decide investir numa nova relação com o mesmo homem.
2. Ela prefere separar-se dele.
3. Ela decide investir numa nova relação com o mesmo homem.
As que optam pela última opção terão que elaborar a reconstrução de sua autoestima, estabelecer limites claros, ser firmes perante o parceiro e assumir o seu lugar dentro da relação. Para isso, com toda probabilidade, elas necessitarão de ajuda terapêutica.
O resultado dessa atitude provocará uma solução do problema que
provavelmente será: ou o seu misógino desistirá de ser o algoz para
ficar a seu lado, ou desistirá da relação. De qualquer forma, ela terá
conquistado o resgate de sua autoestima.
Fonte: Rodrigo Caldeira
Antônio Tadeu Ayres
Baseado no livro: “Homens que odeiam mulheres & mulheres que os amam “, de Susan Forward e Joan
Baseado no livro: “Homens que odeiam mulheres & mulheres que os amam “, de Susan Forward e Joan
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