De vez em
quando me pego observando certos manequins nas vitrines – o que em
alguns momentos me desperta impressões um pouco estranhas – e confesso
que já cheguei a pensar na possibilidade de muitos deles serem humanos e
estarem empalhados! Sim, total doidera desta cabecinha aqui, que tem
criatividade para dar e vender. Mas que isso daria um belo roteiro de
filme de terror, daria né? Pois é, acontece que numa certa cidade do
México, mais precisamente em Chihuahua, reza a lenda que algo muito
próximo à este script assombroso realmente exista…
A
tradicional loja de vestidos de noiva e afins La Popular seria apenas
mais um estabelecimento comercial como quaquer outro se não fosse por um
detalhe no mínimo, obscuro: o manequim que habita sua vitrine há quase
85 anos. La Pascualita como é chamada, atrai turistas do mundo todo e
intriga a qualquer um que se depara com a sua figura. Tal espanto se dá
devido ao fato da boneca possuir uma semelhança incrível com o ser
humano, a ponto de alimentar uma lenda um tanto quanto assustadora e
levar muitos a crer que se trata de uma mulher empalhada!
Existem
diversas versões a respeito de Pascualita, a mais conhecida dá conta de
que o manequim que enfeita a loja de noivas é na verdade o cadáver
embalsamado da filha do antigo proprietário do comércio, que faleceu às
vésperas de seu casamento ao ser picada por uma aranha viúva-negra. O
pai desesperado, teria mandado empalhar a filha e deixou-a na vitrine.
Qualquer
cidadão que duvide da história fica com uma certa pulga atrás da orelha
ao reparar nas imagens que retratam a expressão de Pascualita e detalhes
ultra-realistas de seu corpo, como as mãos e unhas. Até mesmo a textura
de sua pele parece real, além dos olhos vivos de vidro e os implantes
de cabelo e cílios humanos, que dão à história ares mais assustadores.
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Os olhos expressivos feitos de vidro e os implantes de cílios humanos tornam a lenda ainda mais assustadora.
Como em toda
lenda urbana que se preze, há sempre muitos relatos de testemunhas que
viram diversas manifestações e com Pascualita não poderia ser diferente:
há quem já tenha visto o manequim sorrir, se mexer, chorar, mudar de
posição na vitrine durante a noite e até mesmo salvar uma mulher que
estava apanhando do marido no meio da rua. Pois é…
Fato é que a
ciência está aí para provar que é impossível que um corpo humano
empalhado se mantenha preservado como o do manequim e se formos comparar
a perfeição de Pascualita com as estátuas do Museu Madame Tussauds por
exemplo, veremos que se trata mesmo de um manequim de cera, apenas cera e
nada mais.
O que se
sabe de concreto é que a boneca – de origem francesa – teria sido
adquirida pela proprietária do estabelecimento, Pascualita Esparza
Perales de Pérez, (daí a escolha do nome), que se viu encantada com a
aparência do manequim, que muito se assemelhava à sua irmã (uma das
costureiras da loja) e a colocou pela primeira vez em sua vitrine no dia
30 de março de 1930, causando desde então, um verdadeiro reboliço entre
a população da cidade, que se viu impressionada com tamanha perfeição
da boneca e aí já viu, começou-se toda uma história.
Família
de Pascualita Esparza, proprietária do manequim que se assemelhava à
sua irmã (a garota em pé a direita). Pascualita à época da foto uma
criança, está sentada a direita.
Os atuais
donos do comércio também gostam de alimentar a lenda e quando é preciso
trocar o vestido do manequim a vitrine é coberta para que não se veja
nada. A propaganda é a alma de Pascualita do negócio né não?
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