Por Marcos Amaro.
É de conhecimento de todos que a sociedade que nos abraça e nos acolhe transformou-se em um lugar consumista. Acordamos todas as manhãs para trabalhar, não apenas para colocar o pão sobre a mesa dos famintos, mas para realizar os sonhos impostos pela mídia manipuladora.
Vamos aos lares do saber, a exemplo da escola, não mais para arrancar do mestre as fatias da aprendizagem, mas para conquistarmos um espaço no mercado dos desejos. Queremos mais e mais a cada dia, a cada manhã, a cada anoitecer. Desejamos envolver-nos dos objetos prazerosos da vida para sentirmos a sua presença constante e para sermos reconhecidos e idolatrados por pessoas consumistas como nós.
Só nos esquecemos de uma coisa: a rigor, não temos nada, não possuímos nada, apenas pegamos emprestado por tempo determinado aquilo que em fantasia desejamos um dia possuir - e pelo que lutamos muitas vezes desesperadamente.
Será que a ingenuidade e a cegueira se apossaram da nossa razão? Será que ainda não percebemos que tudo que adquirimos com o fruto do nosso trabalho é, de fato, transitório?
É, caro leitor, cara leitora, triste, mas é verdade. Aquilo que classificamos como nossos bens, não são nossos. O carro, a casa, o apartamento, a moto etc. Todas estas coisas estão alienadas ao mundo capitalista e egoísta. Portanto, se deixarmos da pagar qualquer item embutido numa delas, perderemos o que pensávamos ser nossa propriedade eterna.
Todos nós ficamos tristes - e alguns, mesmo, deprimidos - após descobrir certas verdades sobre a vida em sociedade. Porém se duvidam, para terem certeza do que escrevo, deixem de pagar o IPTU de suas casas, os seguros de seus veículos, o boleto de seus condomínios - e descubram, por si mesmos, o que acontecerá em seguida. Com certeza terão uma grande dor de cabeça, experimentando na própria pele, com isso, algumas das doenças que assolam o mundo.
Talvez, um versículo bíblico possa nos ajudar a refletir de maneira consciente e reveladora sobre o que há muito parece esquecido: I Timóteo 6:7:
Pois não trouxemos nada ao mundo, nem podemos levar nada embora.
Eis a questão, caro leitor, cara leitora: será que temos algo neste mundo, além do conhecimento, que seja nosso cem por cento?
* Após a leitura, caros leitores, acessem o link abaixo e deixem o seu comentário.
http://blognovaalexandria.blogspot.com.br/2014/04/coluna-o-insano-de-cada-dia-sou-dono.html
Um texto maravilhoso que consegue nos fazer refletir e muito.Seja bem vindo Marcos,tanto você quanto seus escritos que me parecem muito reflexivos e elucidantes.
ResponderExcluirBeijocas!