Quem sou eu?

Danka Maia é Escritora, Professora, mora no Rio de Janeiro e tem mais de vinte e cinco obras. Adora ler, e entende a escrita como a forma que o Destino lhe deu para se expressar. Ama sua família, amigos e animais. “Quando quero fugir escrevo, quando quero ser encontrada oro”.

Já Conhece as minhas obras? Vem!




Olá Galera! Olá Ciganas! 
Deixo aqui um resumo de algumas dos meus livros, mas você pode conhecê-los através do:



                    

Drama. Preconceito. Amor. Paixão. Sexo. Isso nem define o que você está prestes a ler.
Uma história de amor nascerá onde a vida escreveu um ódio mortal. Quando os caminhos de poderoso Istvan Yotuel e Diana Lorn se cruzam num quarto de um flat eles jamais imaginariam como suas vidas jamais seriam as mesmas. 
Istvan é um homem atormentado por uma tragédia em sua vida. Na tentativa de continuar existindo de algum modo ele se joga nos braços de prostitutas nas noites das quintas-feiras. Até que em uma madrugada tudo muda. Onde havia trevas surgiu à luz. Onde havia dor entrou cura. Onde havia morte entrou vida. Onde não existia Istvan nasceu Diana, e mudou toda sua história. 
Permita-se a embarcar nessa história. Seja o seu juiz ou seu advogado. Permita-se!





Baldur Oman é o segundo herdeiro na sucessão real, com a morte prematura se seu irmão, ele assume o trono de Montequier, um país europeu. Até aqui quantas vezes você já começou uma história assim? E seria mais um clichê, se não fosse por um detalhe: Baldur tem um segredo nefasto. Por fetiche ele é um garoto de programa que possui uma lista um tanto peculiar e elaborada por ele mesmo.
Baldur é conhecido no mundo da prostituição como O Rei. 
Mas na sua lista, só cabem mulheres casadas, com mais de trinta anos e loiras, que carinhosamente as intitulam como Lacaias. Mas por quê? Qual será a razão para fazer deste homem tão poderoso e imponente satisfazer-se de um modo tão peculiar?
Como qualquer monarca, mesmo nos dias atuais, o reino de Montequeir escolheu para Baldur a mão de uma dama a sua altura. A Duquesa Mármara de Tucheir. Uma jovem de gênio forte, determinada e que como ele também guarda um mistério tão ou mais obscuro.
Num jogo de muito mistério e sedução você embarcará na viagem erótica mais avassaladora de sua vida. Prepare sua alma, pois o seu corpo já o pertence!






A Lenda despertou! As águas do seu coração jamais serão as mesmas!
Rudá é filho do boto. Um homem sedutor envolto num mistério que sempre o fez sentir como uma espécie de maldição. De quem não pode amar ou ser amado embora tenha qualquer mulher só de olhar para ela. Ele segue sua vida se isolando do mundo encantando as mulheres que cruzam seu caminho até que Yara cruza seu caminho na beira de um igarapé. Algo acontece. Pela primeira ele não consegue adivinhar o nome da moça, algo comum para ele até então. O Destino cria sua ironia enquanto uma história de amor surge com as forças das águas amazonenses. Mas será que esse amor é possível? Será que o amor é mais forte do que a lenda? 
Embarque nessa trama contada em pleno 2017. 
Permita-se!





Terra. 2042. Deserto de Montequier. 
Num futuro distante, o mundo foi submetido a uma condição onde o Sistema dominou absolutamente tudo. A democracia deixou de existir por ineficácia. O sistema controla tudo e todos, mas quem pode controlar o Destino? Uma menina, um guerreiro? 
Ele amou a vingança. 
Ela apenas uma mulher que se atreveu amar sob qualquer circunstância.
Um futuro onde o sexo se tornou obsoleto e somente os primitivos, raríssimos, ainda comentem a luxúria da carne. Ikanaton é um homem que domina o Deserto de Montequier e lidera uma guerrilha contra o trono do homem que ele chamou de pai.
Um tempo de fome e alta tecnologia veio sobre o planeta Terra em 2025. Foi como separar o joio do trigo. Os mais necessitados foram diretamente afetados, um terço da população foi dizimada pela forme. Porém parte se manteve no planeta com novas leis de ordem mundial. Novos conceitos. Ideias retrógadas.
O sexo foi banido. As pessoas se relacionavam no ato de seus corpos por chips de pensamento. Somente os chamados de primitivos ainda usavam a mesma prática com o toque. 
Um guerreiro conhecido por ser implacável e que se rebelou contra o sistema imposto pelo mundo. Que tem ao seu dispor um Harém de mulheres, Bayt Sarur, a Morada Dos Prazeres quer levar a sua alma para junto dele. Um homem cruel, enegrecido por uma obsessão descabida, mas muito sedutor. Um guerreiro que está disposto a dominar o seu coração.
"Eu Sou o Deserto. E o Deserto sou eu". Ikanaton Oman 


 EM REVISÃO!





Blanka é uma aclamada bailarina clássica que alcançou o estrelato em muito pouco tempo,com uma herança cigana latente em suas veias,ela veio para ficar,porém essa ascensão despertou grandes inimigos. Embora seja uma mulher jovem, corajosa e exuberante, ela guarda um segredo que pode mudar e causar a maior reviravolta de sua vida.
Do outro lado, está o ator Noah Stein,um homem famoso,rico lindo,mas solitário e em busca da solução de um enigma.Uma frase que o atordoa em seus sonhos:
"Três motivos de sangue, três motivos de dor, três motivos sofrimento, três motivos de amor."
Até onde o destino traça a história de uma pessoa?
Poderia uma bela história de amor começar pelo fim?
É o que vai encontrar lendo Blanka.
Descubra! Desvende!






Trilogia: Sol



Disse um sábio: 
" Livre arbítrio é plantar o que bem quisermos.
Justiça é colher exatamente o que se plantou."
Velkan Kobak é um homem que sabe exatamente o que quer para sua vida. Dedicou metade dela em prol de uma meta que chamou de "Meu Plano Maior."
Um homem tenebroso...Enegrecido...Cruel... 
Dieglê Sued é musicista. Violoncelo e o piano são suas maiores paixões. Uma moça bem educada, mas com um passado perturbador.
Dieglê Sued e Velkan Kobak Tem passados muito semelhantes. Porém num espaço no tempo foram deixados para que em algum momento vivessem seus Destinos lado a lado. A música os conduz. Ele é um homem de quarenta anos de idade, entretanto que oculta segredos avassaladores de sua índole devido uma única razão:Vingança.
Dieglê é uma moça de vinte e um anos de idade que embora tenha aparência singela, é na verdade uma mulher muito corajosa e intrépida.
Até onde o Destino os levará?
Romance... Amor... Conquista... Superação... São os ingredientes desta trama.
Mas o que duas pessoas tão distintas podem ter em comum?
Uma história de amor irá começar.
O Olhar da vingança os acompanhará.
Entre eles esses dois sentimentos duelaram até a morte...
Quem vencerá?
Até onde tudo de fato pode ser perdoado?
Esse julgamento começara agora, e você foi escolhido para dar o veredito.
Culpado ou Inocente?





A chegada da jovem viúva Amábile Fontaine causa alvoroço no pequeno Condado dos Nobres. Depois de uma tragédia pessoal e tentativas de suicídio tudo que a ela deseja é estar em contato com o último vínculo entre ela e o seu amado e falecido marido Augusto: o mar. 
Escondida da civilização a moça se depara com um inesperado e esquecido farol. Entre tantas ruínas ele consegue lhe causar imensa irritação diante de sua luz. 
Aos poucos toda implicância vai se tornando certa curiosidade até o dia em que faz uma visita as escondidas a casa de Madame Zuleica, a curandeira da vila.
Seu futuro está no mar. Ela ouviu da vidente. 
Amargurada por sua dor ela decide escrever suas cartas e colocá-las dentro de garrafas lançando-as ao mar na esperança de que os dois mundos, dos vivos e dos mortos possam se conectar. Mas o que Amábile Fontaine não imagina é que sua vida está prestes a experimentar a mais rica e sublime forma de amor. Aquela que o Destino escreve a próprio punho.
Amor, desencontros, amizade e paixão fazem parte dessa trama, mas o que ela realmente busca é se atrever levar o seu coração através do tempo.
Permita-se, a vida nem sempre escreve em folhas de papel, às vezes ela escolhe as ondas do mar como linhas, um farol como luz, uma cabana como lápis e dois corações prontos para pertencerem um ao outro.






"Eu sou um homem marcado pelo sagrado. Meu coração está nos céus, mas o meu corpo ainda está em suas mãos".
Você precisa ler essa confissão. Essa é uma história de amor escrita pelo destino e quebrada por mãos humanas.
Amor. Angústia. Romance. Mágoa. Sexo. Traição. 
Benício Tigre fez tudo pela mulher que amou a vida inteira, mas parece que não foi suficiente. Para algumas pessoas tudo jamais será o bastante. Em algum momento da vida alguém já sofreu a dor do abandono. Alguém sabe o quanto isso pode destruir a vida de alguma pessoa. Nem sempre o tempo passa pelas pessoas, às vezes são as pessoas que passam pelo tempo.
Uma vida dupla, um amor único e uma dor gigante foram o bastante para levar Benício para um caminho desconhecido, perigoso que o levou para os braços da luxúria e para algo que ele jamais imaginou.
Você está pronto para entrar neste confessionário? Sua confissão será feita e diante dela você poderá confessar até aquilo que nunca fez.
Prepare-se, ajoelhe-se e reze para sair vivo dessa trama.



Em uma tarde de sexta-feira um encontro foi marcado na fila de um banco. Diná e Môka se olharam tendo a certeza de que nunca mais deveriam se separar. Mas uma sucessão de erros afastam esses dois corações. Apaixonados perdidamente um pelo outro, descobrem que devem lutar contra todas suas forças para evitar esse envolvimento.
Uma classe de aula com tanta ironia. Um amor abafado. Um filho escondido. O tempo passa. O sentimento não. A boca mente o corpo nunca.
Nessa linda história de amor Diná e Môka aprenderam com muitos erros que o verdadeiro amor jamais morre. Do amor não se foge, se esconde, mas, por um tempo.
A frase desse enredo se define por: “Não deixe de dizer o que precisa ser dito”.
Permita-se! O que foi escrito jamais deixará de ser vivido.







Em breve aqui no blog e no Amazon!


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A TEMPESTADE por Danka Maia



Eu venho vento,eu venho tudo!
Reviro o mundo, crio caso.
Eu te completo 
E  te desfaço,
Para isto?
Só careço de um mero segundo.

O teu telhado,
De vidro quebro,
De telha acabo,
De emoção vivo,
Eu sou o que ameaço.

E tu imploras,
E rogas a minha ida,
Mas de partida,
Jaz nos teus olhos,
Eu te invoco,
Porque te preciso,
Amada minha.

Te dizem sei,
Tu és um louco!
Sou Dona da tua voz,
Dos teus desejos submetidos ao meus pés.
És meu capacho?
Tu negas,
Relutas,
Empenhas,
Mas sabe que és.

No meu mar não há ondas,
Sou eu quem as faço,
No meu caminho não há raios,
Sou eu quem os traço,
A minha voz é rouca,
A tua fica louca,
Quando sente-se aos meus pés.

E o vento,
Este sucumbe,
Ah não te deslumbres,
Posso ser tua amiga,
E sei ser a tua perdição.
Sei virar tua cabeça,
E posso te levantar do chão.

Eu tenho idade?
Endereço?
Sou novidade?
Não.
Eu tenho nome e sobrenome:

SOU TUA TEMPESTADE!
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A Sombra da Luz por Danka Maia















Anita e Amália viviam numa ilha.


Sós não, tinham a vista.


Amália amava a vida.


Anita,a vida de Amália.


Amália apreciava cores e sabores,


Anita os dissabores dessa conquista.


Amália queria o céu,

Anita o véu, caso ela não conseguisse.
O tempo esvaia entre elas,
Como as altas da maré,
Ora revoltas, ora de bem-me-quer,
Amália via um mundo arfante em tudo,
Anita via o mesmo mundo, mudo.
Onde Amália via coqueiros, beleza e luz.
Anita queria seus olhos, sem tentar ver a própria força que a conduz.
Anita, Amália.
Amália vivia. Anita via.
Sem entender que há segredos
 Que só o tempo e a experiência
Instrui, exprime,mostra, ensina.
Que na sorte da vida cada um tem seu brio,
Sua seiva, sua história e sua lida,
O que a moça não alcançava, não compreendia,
Que jamais seria a outra,
Pois para ser Amália, não pode ser Anita.
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Felicidade Crônica



Você escreve e depois de um tempo (três anos) relendo aprende consigo mesmo. Coisas da magia de escrever. <3 span="">
Ela era a mulher mais feliz da casa, da rua, da cidade, do país e sim, também do mundo. Amália perdera os pais num acidente de carro aos sete anos, os avós aos quinze e ao vinte dois o único amor com quem se casara e tivera os gêmeos: Guillermo e Antunes. Ela era gorda, baixa, pele manchada e de cabelos muito crespos e desbotados. Tinha um busto imenso, pernas arqueadas, era professora, ganhava pouco, não dava para quase nada.
No trabalho, riam dela, pais, mestres e alunos. Parecia insulto, mas Amália ria de tudo sempre chupando uma bala.
A vida passou para ela como quem passa aos olhos de um presidiário, sol quadrado, feio, um descaso. Porém, o crime dela era ser feliz apesar de tantas perdas lastimáveis, irreparáveis e dores insuportáveis.
Ninguém nunca a visitava, nem mesmo os filhos depois de crescidos e que diziam amá-la.
Amar Amália, que mal há?
Ela jamais chorava, falava que a água das tais lágrimas foi levada com os móveis da última enxurrada que acabou com sua casa, mas não com seu lar. Não se importava, dava os ombros, ria e dizia:
— Há forças em meus braços? Então vamos lá!
E a vida foi passando.
E quanto mais a mesma vida lhe dava razões para ser infeliz por competência, Amália simplesmente sorria ignorando tudo e todos, andando só com a sua consciência.
Um dia depois da última tragédia, um dos filhos morrera com a mulher e os dois netos numa viagem, a vizinha decidiu ir visitá-la.
Estava visivelmente abatida, mas aquele sorriso, aquele teimoso riso estava lá.
— Como você consegue mulher? — perguntou a vizinha com a mão no queixo.
Amália sentou-se na cadeira de balanço começando a falar:
— Conta-se uma história que um dia uma senhora apaixonou-se por um homem, que na verdade era um encanto, ele a terra só vinha de dez em dez anos. Durante toda a vida da mulher, ela só o viu cinco vezes. Cinco vezes em cinquenta anos. Morreu e ao chegar às portas do céu, alguém a indagou: “— Foste feliz na Terra?”, ela abriu um riso lindo e profundo respondeu: "— Sim, eu fui feliz e fui fiel”.
A vizinha parou refletindo e depois de alguns minutos e um gole no café que acabara de fazer retrucou:
— Você é a tal mulher e o homem a felicidade?
Amália sorriu serena dizendo:
— Sim, de sorte ela sou eu. E sim a felicidade em minha vida pode ser este homem, mas no meu caso nem cinco vezes se quer a vi.
— Se morresse hoje, diria que foi feliz e fiel a esta felicidade?
— Sim. — respondeu firme.
— Por que Amália? — a vizinha interrogou. — Tudo que a vida te fez foi sofrer e a felicidade nunca te visitou!
— É verdade, eu sei. — confessou. — Mas esse é o segredo da felicidade, se você for fiel a ela, ainda que nunca a veja, mesmo que como um amante que te abandona e te ignora, a sua fidelidade de buscá-la, fará de ti uma pessoa alegre ou como eu a mulher mais feliz do mundo.
— Por quê?
— Porque nunca cri que depois de tantas perdas ainda poderia ser infeliz.



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Uma Rosa Azul : Jogos de Máscaras está na Amazon

Uma Rosa Azul : Jogos de Máscaras está na Amazon: Olá! Depois de muito tempo decidi dar uma repaginada em um dos meus livros. Tudo começou em dois mil e quatorze no 'boom' do Watt...
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Novo Romance

Olá!

Estou escrevendo o livro O Acordo no Wattpad.
Um enredo quase clichê...quase. Entre e leia: O Acordo


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SEM PALAVRAS por Danka Maia












Sem Palavras... Por Danka Maia💃💃💃

Então ciganada, será que eu ainda sei escrever? Comentários!

Na esquina de um lugar qualquer às três horas da madrugada ele chegava com a sua vestimenta nefasta. Calça de linho... Camisa social dobrada na altura punho... Meias e sapatos de fina estirpe... Preto era sua cor predileta, mas o vermelho predominava a cor da sua alma. Um homem de cenho fechado, charmoso em seu jeito taciturno e clássico. Era do tipo calado, cabeça baixa, poucos amigos, mas tudo isso se transformava quando surgia na ponta da outra esquina: Ela.
Então o seu alvor tornava-se sol.
O vestido rubro de decote provocante na altura dos seios e ao mesmo tempo comedido, dava-lhe a oportunidade de fazê-lo imaginar tudo sem saber como de fato era, e isto o deixava ainda mais enlouquecido!
A Dama, era como a chamava em sua mente. O quicar do salto fino contra a velha rua perdida de paralelepípedos contava ao homem que outra vez sua boca tão cheia de água sanaria sua sede.
Ela o abordava da mesma forma. Era mais que Dama, era a Dona dele. Vinha em passos delicados... Quadris envolventes.... Perfume um pouco adocicado... Cabelos presos num coque afrouxado... Olhos verdes que absorviam a alma dele. Duas gotas de esperança que iluminavam a alma lúgubre do velho homem.
O toque dela em sua pele causava insanidade. O percorrer de sua mão esquerda na altura do seu pescoço dava-lhe a segurança que apenas ali ele existia.
A provocação no roçar dos lábios oscilando em fortes e leves mordicares contava ao Universo que palavras pouco importam.
Sua mão apertava forte abaixo do ombro onde estava a tatuagem que fizera com a imagem dela.
Embolando-se naquele infinito breu seus corpos dançavam arranhando-se nas paredes rabiscadas do beco que se aquietava na tentativa de ouvir algo, mas entre o fogo e a loucura só havia múrmuros de respirações que ofegantes se fundiam numa só. Apertá-la pelo quadril deslizando sua mão com posse pelo meio de suas costas manifestava o seu domínio sobre ela dado ao arrepio de sua pele.
Um modo de soprar nos pensamentos dela:
_ Seu desejo acaba de se materializar... Minha Dama.
Jamais trocavam nenhum vocábulo.
Ele esperava aquele segundo exato de sentir a necessidade da língua dela chamando pela sua.

Enfim, mais uma vez, estavam vulcanizados.

A primeira vez que se viram, Cavalheiro estava naquele beco parado com o olhar perdido, enquanto uma batida gitana o fazia companhia sucedida de um infeliz sem-teto que do outro lado da cabeceira da ponte tocava ferrenhamente enquanto cacos queimavam a e se misturavam no fogo improvisado dentro de um latão de zinco, afinal a noite era fria e ali a solidão era companheira fiel e dura.
Cavalheiro remediava as batidas batendo contra coxa arqueada na parede onde semelhava esperar o que não possuía, não havia esperança e ele não era do tipo que cria que alguma coisa ainda pudesse surgir em sua vida mudando os seus conceitos ou virar sua cabeça, muito menos que isso dizimasse de uma mulher. Isso era o que ele julgava, mas uma coisa é o que se pensa, a outra é a que realmente acontece.
A privilegiada informação que tinham um do outro é que nada sabiam além daqueles momentos intensos que vivenciavam de modo furtivo, afoito e imortal. A paixão entre eles saltava naquele mundo de seus corpos e por isso se consumiam de modo abissal e ardente uma vez que desconheciam qual seriam os seus últimos instantes juntos.
A Dama veio com passos fortes que o seduziu desde aquele segundo, o provocou dedilhando os dedos entres os seios deixando claro que agora sua respiração ofegava por outra razão. Gostava de provocar... Faria tudo para que no próximo segundo tornar-se submissa ao seu senhor, esse era seu intento, era disto que gostava. Possuía aquele andar de uma mulher forte, sem medos ou delicadezas e ao mesmo tempo tão feminina. Jamais saberemos o que a fez passar naquela esquina. Naquela madrugada e em tal ocasião. Tudo que se sabe é que ela nasceu do lado oposto dele.
A partir do momento que se amoldavam e suas almas se amordaçavam o mundo poderia ser o próprio inferno, nada arderia mais do que a fleuma que os incineravam, era como se os fluidos corporais de um tomassem a alma do outro no oscular da pele.
Houve uma vez que o Cavalheiro tentou arguir uma única nota, mas a sua Dama pôs o dedo indicador em seu peito balançando a cabeça de leve em negação enquanto mordiscava o seu lábio inferior.
Quando em seus braços, Dona se permitia reprimir. Seu homem compreendia que fazia parte daquele jogo, arrastava-a com mão entre os cabelos ao mesmo tempo que como um menino mergulhava no cheiro de sua pele
Empurrando-a com o peso do seu corpo para um canto ainda mais sombrio do beco. O riso solto e cativante dela o deixava alcançar que mais uma vez decifrara o que a sua Dama queria sem ao menos um mero emitir de sílabas.
Transmissão de pensamento? Utopia ou síncope?
Destino! O carroceiro de Deus.
Dar ao seu homem seus desejos mais ocultos e ternos, era como confidenciar ao Divino por todos os seus pecados, inclusive aqueles que cometera em plena consciência. Aquele moço arrancava de sua alma o melhor e o pior dela.
Ao notar o quanto o seu corpo era voluptuoso por ela, segurava mais firme sua nuca começando a soltar a sua imaginação.
Tentava como um louco sugar a língua dela fazendo-a ser somente sua ao mesmo tempo em que suas mãos apertavam suas coxas.
O Divino ordenava que se tocassem.... Que se completassem, e se amassassem como num furor de uma tempestade!
Ele ditava as ordens com a pegada de seu corpo junto ao dela. Seus corpos obedeciam às oscilações de suas línguas.
Cavalheiro amava passear sem nenhuma pressa pelo corpo de sua amada. O tempo com ela definitivamente parava, contemplava o aroma que jamais soube decifrar com outra palavra que não fosse viciante.
A sensação de ver, sentir os pelos de seu corpo se eriçando quando revolvia as suas mãos ou segurava firme o queixo dela ao mesmo passo em que sua boca livre pairava descendo pelo seu colo até chegar aos seus seios denunciava a máxima da excitação para ele.
Sabia que Dama chegava ao ápice, a ansiava assim, perversa e ao mesmo tempo dominada como um pobre cordeiro indo ao seu holocausto por vontade própria. Raspando suas unhas em seu couro cabeludo e descendo pelo pescoço, tentava morder o lábio inferior dele, mas a mão firme no seu maxilar e os olhos dele eram talhantes, agora seu Cavalheiro determinava as leis e mais ensandecida ela concebia a volição do seu sexo.
Com movimentos selvagens puxava os cabelos dele, desvencilhando de sua mão com uma módica briga de tapas onde ele a travava sem força no ar pelo punho e com um riso de canto de boca permitia prosseguir, e agarrando-o a calça pelo cinto, pondo-se de joelhos, confessava que era a hora de rezar, todavia não pela absorção de pecados e sim para consumação do maior deles: A luxúria.
Descendo o zíper da vestimenta lentamente com os olhos nos dele. O ritual começara.
As posições simplesmente eram, contudo jamais repetitivas, sem ou com dor a certeza mesmo era: Sem pudores. Sem poupar as unhas, sem machucar, e no olhar deixavam escapar:
_Isso foi tão quente...
Reforçado com um texto vigoroso e calado:
_Você é tão bom, que eu pagaria por isso!
Mas ambos sem proferir em nenhum segundo uma letra se quer.
Ao se despedir o ar fez-se leveza, o sol soltava seus primeiros raios fulgentes, talvez por tê-los contemplado em oculto o deixou extasiado. O beijo era simples, mas único, o laço se desvencilhava no largar dos dedos esticados, uma vez que iam em posição opostas, e antes de que desaparecerem cada um em sua esquina da vida paravam, volviam um para outro no mesmo eixo de seus corpos, sorriam suspirando pela certeza: Se mais um dia amanhecera, é porque haveria outra noite, e isto se fazia o bastante para que os amantes soubessem que o Destino conspirava ao seu favor pelo menos mais uma vez.


Muito Obrigada pelo carinho da sua leitura😘
      
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